Apesar de avanços, acordo Mercosul-UE deve demorar a entrar em vigor, diz professor: Nova perspectiva

Por Matheus Gonçalves e 9 de setembro de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Apesar de avanços, acordo Mercosul-UE deve demorar a entrar em vigor, diz professor: Nova perspectiva

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. Importante mencionar que o presidente francês emmanuel macron, enfrentando fortes pressões internas dos fazendeiros no país, planejou rever, adicionar e editar diversas cláusulas que garantam uma certa proteção ao seu mercado agrícola Segundo fontes, no ano passado, agricultores franceses e membros do sindicato agrícola confédération paysanne participaram de manifestação contra o acordo...

Confira como Após um planejamento de mais de 20 anos, o muito aguardado acordo entre a união europeia e os países do mercosul entra em fase de ratificação. no entanto, ainda deve levar alguns meses para que ele seja finalmente concluído e entre em vigor. na semana passada, o acordo teve um novo avanço neste processo. Continue lendo para saber mais.

Vale destacar que na quarta-feira, 3, a comissão europeia validou o texto, o que abre espaço para que o documento seja enviado para aprovação do conselho europeu, que reúne os líderes dos países-membros da união europeia

Vale destacar que na quarta-feira, 3, a comissão europeia validou o texto, o que abre espaço para que o documento seja enviado para aprovação do conselho europeu, que reúne os líderes dos países-membros da união europeia. - Matheus Gonçalves e

De acordo com informações, no entanto, ainda não há data marcada para a conclusão dessa fase.

O acordo entre os dois blocos foi finalizado em dezembro de 2024, mas ainda precisa do aval dos países europeus, que agora analisarão o texto de forma individual.

É essencial notar que é preciso de aprovação da maioria dos países do bloco para que ele possa ser assinado e entrar em vigor

Especialistas apontam que o presidente luiz inácio lula da silva (pt) disse na semana passada esperar que o acordo seja firmado até o fim do ano. outros membros do governo brasileiro disseram nos últimos meses trabalhar com essa mesma perspectiva.

Apesar disso, o acerto ainda pode demorar para entrar em vigor, segundo especialistas.

Vale destacar que “o acordo deve entrar em fase de tramitação no segundo semestre de 2025, ou no primeiro semestre de 2026, e sua aplicação deverá partir do segundo semestre de 2026 ou no início de 2027” disse roberto uebel, professor de relações internacionais da espm

Efeitos globais: Uma nova visão

Especialistas apontam que em termos geopolíticos, o acordo criaria uma grande zona de livre comércio ocidental, contrabalanceando a ascendente influência chinesa em ambos os mercados, e, ao mesmo tempo, garantindo maior autonomia em relação às políticas tarifárias de donald trump.

Por outro lado, além do mais, o acordo viria em um momento oportuno para ambos os blocos. “é um contexto de transformação, de mudança de peças” afirma uebel.

Importante mencionar que “com a china, a rússia e a índia formando blocos, elas deixam o brasil na margem. além disso, ao aproveitar os minérios brasileiros, a união europeia também reduziria sua dependência no mercado chinês”, diz o professor

Vantagens do acordo

Especialistas apontam que visto pela maioria dos integrantes dos blocos como uma situação mutuamente beneficente, o acordo prevê para o brasil um aumento anual de 0,5% no pib, e afeta um total de cerca de 718 milhões de pessoas.

Para o brasil, o acordo deve trazer não só um aumento do pib, mas acesso a mais bens e serviços que podem ser, neste momento, difícil acesso em território nacional.

Vale destacar que no primeiro ano após o acordo, haveria alta de cerca de 0. 9% nas exportações, segundo estudo do segundo o instituto de pesquisa econômica aplicada (ipea) o crescimento atingiria um pico de até 3 4% em 2034, e se estabilizaria em torno dos 3% ao ano em seguida

Segundo fontes, o pacto abrange tanto a retirada de diversas restrições econômicas e adoção do livre comércio quanto a promoção de cooperação política e parcerias entre os dois blocos e seus membros.

Oposição da França

Além disso, a frança, como maior opositora do acordo, busca a proteção de seus produtos agrícolas, que teriam grandes dificuldades em competir com os produtos brasileiros, principalmente no setor de carnes.

Importante mencionar que o presidente francês emmanuel macron, enfrentando fortes pressões internas dos fazendeiros no país, planejou rever, adicionar e editar diversas cláusulas que garantam uma certa proteção ao seu mercado agrícola

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Segundo fontes, no ano passado, agricultores franceses e membros do sindicato agrícola confédération paysanne participaram de manifestação contra o acordo ue-mercosul em reims, no nordeste da frança (françois nascimbeni/afp/afp)

Além de temer a competição do bloco sul-americano, os agricultores franceses podem vir a sofrer ainda mais como resultado das altas tarifas impostas pelo presidente dos estados unidos, donald trump, no brasil, uma vez que o livre comércio, na visão deles, poderia resultar em bens brasileiros invadindo o mercado europeu a preços baixos.

Importante mencionar que apoiada em seus interesses por outros grandes nomes agrícolas como irlanda e polônia, essa oposição traz um risco real para o veto do acordo

Segundo fontes, com isso, a comissão europeia, na quarta-feira, 3, propôs novos mecanismos que limitariam a prioridade das carnes sul-americanas nos mercados europeus, a fim de acatar os interesses da oposição para que a ratificação do acordo possa ocorrer o mais cedo possível.

Adicionalmente, esses mecanismos visam a proteção dos mercados em caso de grande choque, e entrariam em vigor caso o volume das importações no mercado de carnes atingisse 10%, ou se os preços médios de produtos nacionais caíssem pela mesma porcentagem.

Vale destacar que além disso, a comissão preparou fundos de crise de 6,3 bilhões de euros para fazendeiros europeus. o ministro do comércio francês laurent saint-martin afirmou, em redes sociais, que os novos mecanismos foram “um passo na direção certa”

Segundo fontes, por outro lado, pressões internas na própria união europeia a favor da ratificação continuam fortes, com países como alemanha e espanha, dois dos maiores apoiadores do acordo, ansiosos para expandir seus mercados automobilísticos em parceria com o mercado de produção de autopeças brasileiro.

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