Collor deixa a cadeia e ganha prisão domiciliar com tornozeleira

Por Flavia Cirino 02/05/25 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Collor deixa a cadeia e ganha prisão domiciliar com tornozeleira

Fernando Collor de Mello deixou a prisão na quinta-feira, 1º de maio e agora vai cumprir pena em casa, sob regime domiciliar. A decisão se deu através do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a defesa do ex-presidente apresentar mais de 130 exames que atestam seu estado de saúde debilitado.

Fernando Collor de Mello deixou a prisão na quinta-feira, 1º de maio e agora vai cumprir pena em casa, sob regime domiciliar. A decisão se deu através do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a defesa do ex-presidente apresentar mais de 130 exames que atestam seu estado de saúde debilitado.

Condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Collor estava detido desde o último dia 26 de abril, em uma cela especial no estado de Alagoas, onde nasceu. A condenação veio após investigações da Lava Jato sobre desvios na BR Distribuidora.

Condenado em 2023 a 8 anos e 10 meses de reclusão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, Collor estava detido desde o último dia 26 de abril, em uma cela especial no estado de Alagoas, onde nasceu. - Flavia Cirino

Aos 75 anos, Fernando Collor enfrenta Parkinson desde 2019. Ele também recebeu diagnóstico de privação crônica de sono, bem como de transtorno bipolar. Por conta dessas condições, o ministro Moraes considerou que o ex-presidente preenche os requisitos para a chamada prisão domiciliar humanitária.

“Embora o réu Fernando Affonso Collor de Mello tenha sido condenado à pena total de 8 anos e 10 meses de reclusão e 90 dias-multa, em regime fechado, a sua grave situação de saúde, amplamente comprovada nos autos, sua idade – 75 anos – e a necessidade de tratamento específico admitem a concessão de prisão domiciliar humanitária”, escreveu o ministro na decisão.

Defesa do ex-presidente tentou anular pena

Além de solicitar a mudança para o regime domiciliar, a defesa de Collor também pediu que o STF reconhecesse a prescrição da pena. No entanto, Moraes rejeitou o pedido sem hesitar.

“Afasto inicialmente o novo pedido da Defesa no tocante à ocorrência de prescrição da pretensão punitiva em relação ao crime de corrupção passiva, uma vez que essa tese já foi afastada pela maioria do plenário do STF”, destacou o ministro.

Collor terá restrições com tornozeleira e passaporte suspenso

Agora em casa, Collor deverá usar tornozeleira eletrônica, com a visitação restrita apenas a seus advogados. Além disso, está proibido de sair do país e teve seus passaportes suspensos, como determina a decisão judicial.

Moraes justificou a decisão com base em casos anteriores, alegando a necessidade de proteger os direitos humanos durante a execução da pena. Desde a condenação, o ex-presidente da República recorreu várias vezes, sem obter sucesso.

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