Com R$ 300, maranhense cria fábrica de biscoitos sem lactose e fatura R$ 220 mil por ano: Nova perspectiva

Por Caroline Marino 11 de julho de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Com R$ 300, maranhense cria fábrica de biscoitos sem lactose e fatura R$ 220 mil por ano: Nova perspectiva

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. esse cuidado poupou tempo, dinheiro e desgaste”, explica. sem um porto operacional em são luís, os envios internacionais precisam ser feitos por via aérea, o que encarece e limita o volume.

Confira como A maranhense ana luzia frazão alhadeff, formada em história e ex-docente da rede pública e de faculdades particulares, viu a vida mudar com o nascimento da segunda filha, diagnosticada com paralisia cerebral. ela abandonou o mestrado, a carreira e qualquer outro plano para cuidar de sofia – que também possui intolerância à lactose –, em tempo integral. na busca por alimentos que a menina pudesse consumir, encontrou na cozinha uma forma de cuidado e um novo caminho. por sugestão da gastropediatra, fez os primeiros biscoitos sem lactose, usando maracujá por conta da acidez. sofia adorou e chamou de “doce”. Veja os detalhes a seguir.

É essencial notar que nascia ali, sem que soubesse, a base da doce pedaço biscoitos finos, que hoje produz cerca de 10 toneladas do produto por ano e avança no processo de internacionalização. a marca já exporta para o méxico e está em negociação com portugal em 2025, a perspectiva é faturar cerca de r$ 220 mil, 20% acima do ano passado

É essencial notar que nascia ali, sem que soubesse, a base da doce pedaço biscoitos finos, que hoje produz cerca de 10 toneladas do produto por ano e avança no processo de internacionalização. - Caroline Marino

De acordo com informações, como reflexo do trabalho, foi duas vezes destaque no prêmio sebrae mulher de negócios. em 2023, ficou em segundo lugar na categoria empresa de pequeno porte e, no ano passado, venceu a etapa estadual na categoria negócios internacionais.

Interesse espontâneo e capacitação desde o início: Uma nova visão

O que começou como um “aconchego de mãe”, como diz ana, ganhou forma de projeto comercial quase por acaso. em uma festa da escola da filha, preparou uma versão tradicional da receita – sem as restrições – e enviou junto com os biscoitos de sofia. um dos pacotes acabou nas mãos de uma rede de joalherias, que encomendou os produtos. em pouco tempo, mais pedidos chegaram.

É essencial notar que atenta às possibilidades e determinada a fazer tudo corretamente desde o começo, procurou o sebrae e formalizou a empresa como mei em 2015. a instituição tornou-se uma parceira constante na jornada, com capacitações e orientações com essa base e apenas r$ 300, uma bacia plástica,  uma colher de pau e um forno, iniciou a operação

Da casa da mãe ao varejo maranhense

Especialistas apontam que com o aumento da demanda, adaptou duas salas na casa da mãe – uma para montar a cozinha industrial e outra para o estoque. a doce pedaço passou a atender também redes de supermercados locais, como o grupo amasp. para isso, investiu na profissionalização da embalagem e da apresentação dos produtos com apoio do sebraetec, programa de consultorias em design, marketing e rotulagem para pequenos negócios.

No começo, a estrutura era modesta: uma funcionária e o apoio da família, que se reunia em mutirões para atender aos pedidos. ana acumulava funções, da produção às degustações nos pontos de venda. “fazia de tudo: testava receitas, embalava, negociava.”

Vale destacar que a trajetória de crescimento foi marcada por decisões estratégicas. ao fechar com outro varejista, o grupo mateus, a produção saltou de 200 para 600 quilos por mês, exigindo a ampliação da equipe e a realização de programas de capacitação da mão de obra, já que não havia formação específica para “biscoiteiros”

De acordo com informações, outra medida foi o registro do nome junto ao inpi, ainda nos primeiros anos. a decisão evitou um prejuízo significativo quando um conflito de nome com outro empreendimento levou a uma notificação com ameaça de multa de r$ 100 mil. “a marca já estava registrada e se manteve no mercado. esse cuidado poupou tempo, dinheiro e desgaste”, explica.

Resiliência na pandemia e reestruturação: Saiba mais

Adicionalmente, no entanto, como em toda jornada, outros desafios surgiram. durante a pandemia, enfrentou dificuldades de distribuição. foi o apoio de outras mulheres que ajudou a manter a empresa de pé e a acabar com o estoque. após a crise, a empreendedora buscou novamente o sebrae para elaborar um novo plano de negócios e mudou para um galpão maior. atualmente, a companhia atua no varejo físico, mas um e-commerce voltado ao consumidor final está em desenvolvimento. além disso, celebra a chegada de embalagens em lata com homenagens aos pontos turísticos do maranhão.

Vale destacar que a empresa também foca em ações sociais, como o reaproveitamento de materiais e a realização de campanhas contra a violência doméstica. nas embalagens distribuídas em supermercados, por exemplo, estampa o número do disque 180

Do Maranhão para o mundo: Saiba mais

De acordo com informações, a internacionalização aconteceu de forma natural. ana foi convidada a integrar o peiex, programa da apexbrasil que prepara companhias para exportação e, embora não tivesse esse objetivo em mente, aceitou o convite. “no início achei, até, que era um trote. mas resolvi encarar o desafio para adquirir mais conhecimento”, conta. após mais de um ano de capacitação, participou de uma feira no paraguai, em 2019, e a boa recepção dos produtos motivou o início das tratativas com compradores estrangeiros. em 2023, a marca começou a exportar para o méxico, após um processo de negociação e adequações sanitárias que durou mais de um ano.

O caso da doce pedaço mostra que, mesmo fora dos grandes centros, empreendimentos estruturados, com orientação técnica e planejamento, podem acessar mercados internacionais. “nosso desafio agora é fortalecer a presença digital e vencer as barreiras logísticas da região”, afirma. sem um porto operacional em são luís, os envios internacionais precisam ser feitos por via aérea, o que encarece e limita o volume.

Importante mencionar que apesar das dificuldades, segue confiante no caminho que escolheu. “em alguns momentos achei que não daria certo, mas nunca desisti”, afirma as incertezas vieram acompanhadas de descrença: no início, ouviu de muitas pessoas que era loucura não voltar ao mercado formal “foi difícil ir contra todos, mas eu queria mostrar que era possível ”

Segundo fontes, para ela, tudo começa com a confiança no próprio trabalho. depois, é fundamental buscar orientação séria, manter a qualidade dos produtos e estar aberta ao que surgir. “nem tudo foi planejado, mas cada oportunidade é como um cavalo selado – não dá para deixar passar”, finaliza.

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