DJ EME aponta contraste entre sertanejo e eletrônico: “Abraça o próximo”

DJ EME aponta contraste entre sertanejo e eletrônico: “Abraça o próximo”
Apor
DJ EME refletiu sobre as diferenças entre o mundo da música sertaneja e o eletrônico. O músico comentou sobre o tema em entrevista à repórter Mônica Apor, do portal LeoDias, durante o Salão do Turismo, realizado no Distrito Anhembi, em São Paulo, que recebe apresentações musicais gratuitas nesta sexta-feira (22/8) e sábado (23/8).
LeoDias
Na ocasião, ele se apresentou entre dois shows do ritmo conhecido pela sofrência — o que passa longe de ser uma dificuldade: “Entro muito seguro porque trabalho com música comercial, que a galera canta e interage. Temos a facilidade de ter um remix de músicas brasileiras que a galera conhece muito, como “Cheias de Manias” do Raça Negra e “Monalisa” com Jorge Vercillo e “Enquanto Houver Sol” dos Titãs”.
Turismo
Na visão dele, as músicas transcendem gerações e conquistam mesmo o público habituado ao sertanejo: “Hoje eu divido muito mais o palco com os sertanejos do que com a galera do eletrônico. Então, para mim, é um prazer estar no meio dessa galera e eu acho que a música eletrônica só ganha com isso, porque a gente amplia a visibilidade dela”.
EME até considera o clima no sertanejo melhor do que com os colegas da música eletrônica: “O sertanejo tem um negócio que abraça o próximo. A nossa cena ainda tem um pouco de inimizade, mas o sertanejo, se você tá junto com ele, ele te atrai. “Então, a gente está dividindo grande esse palco, ultimamente, e está sendo ótimo, porque a galera está dando realmente liberdade”.
Questionado sobre o sentido da tal “inimizade”, o DJ explicou que enxerga uma amizade maior também em outros ritmos, como MPB, eletrônico e funk: “A galera é mais unida, sem discriminação. Meu trabalho é focado em trazer música brasileira pra dentro da música eletrônica. Então, se o funk ficar bom, se o MPB ficar bom… Se o rock ficar bom, tá valendo”.
“Se a música fica boa, pra mim ela não tem que ter preconceito. Música boa é música universal. Não tem estilo, ela transcende gerações. É uma receptividade muito boa e agradeço demais você, Mônica e Leo Dias, pela oportunidade da gente estar mostrando cada vez os nossos trabalhos. Vocês são sempre muito queridos com a gente”, finalizou EME.
Nenhum comentário disponível no momento.
Comentários
Deixe seu comentário abaixo: