Exclusivo: Setor de café negocia com os EUA deixar o produto fora da nova tarifa

Por César H. S. Rezende 15 de julho de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Exclusivo: Setor de café negocia com os EUA deixar o produto fora da nova tarifa

Novos detalhes sobre exclusivo vêm à tona. Além do argumento, a nca deve apresentar um estudo que mostra que o café gera significativa riqueza nos eua, já que o país importa o grão e agrega valor por meio da industrialização. Importante mencionar que além de ser o maior produtor mundial de café, o brasil responde por 30% do market share...

De acordo com fontes, O setor de café brasileiro negocia com o governo de donald trump, nos estados unidos, medidas para retirar o café da lista de produtos que devem ser sobretaxados em 50% a partir de 1º de agosto. Continue lendo para saber mais.

Importante mencionar que uma fonte que acompanha as negociações disse à exame que, nos eua, a national coffee association (nca), entidade comercial que representa a indústria do café americana, realizará uma nova rodada de conversas com a gestão do republicano nesta semana

Importante mencionar que uma fonte que acompanha as negociações disse à exame que, nos eua, a national coffee association (nca), entidade comercial que representa a indústria do café americana, realizará uma nova rodada de conversas com a gestão do republicano nesta semana. - César H. S. Rezende

De acordo com informações, a negociação entre a associação de classe e o governo americano, que começou em abril, visa incluir o café brasileiro na lista de produtos estratégicos, classificando-o como um produto natural não disponível nos estados unidos. dessa forma, o produto brasileiro ficaria de fora da lista de tarifas de trump.

Além do argumento, a nca deve apresentar um estudo que mostra que o café gera significativa riqueza nos eua, já que o país importa o grão e agrega valor por meio da industrialização. cerca de 76% dos americanos consomem café.

Vale destacar que para cada dólar de café importado, são gerados us$ 43 na economia americana. isso representa 2,2 milhões de empregos, o que equivale a 1,2% do produto interno bruto (pib) dos eua, segundo o estudo da nca

De acordo com informações, a pesquisa também destaca que a indústria de café contribui com us$ 343 bilhões para a economia norte-americana.

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Vice-presidente, geraldo alckmin, deve liderar reunião do governo com representantes do agronegócio nesta terça, 15 - crédio: leandro fonseca (leandro fonseca/exame)

No Brasil, Lula se encontrará com representantes do agro

Importante mencionar que do lado de cá, representantes do setor de café devem se reunir nesta terça-feira, 15, com o governo federal para discutir a tarifa de trump

Segundo fontes, participam do encontro com a gestão de luiz inácio lula da silva (pt) entidades dos setores de laranja, celulose e café para definir os próximos passos nas negociações com o governo norte-americano. no domingo, 13, lula determinou a criação de um comitê interministerial para conversar com os setores mais afetados pela tarifa.

O encontro, marcado para as 14h, será liderado pelo vice-presidente e ministro do desenvolvimento, indústria e comércio, geraldo alckmin (psb), e contará com a participação dos ministérios da agricultura e pecuária (mapa), relações exteriores e fazenda.

Vale destacar que marcos mattos, diretor-geral do conselho dos exportadores de café do brasil (cecafé), afirmou à exame que, além do governo, a frente parlamentar agropecuária (fpa) também agendou uma reunião para esta terça-feira, com foco na tarifa dos eua

De acordo com informações, a intenção, diz mattos, é munir os parlamentares com informações sobre o setor e os possíveis impactos caso trump mantenha a tarifa de 50% sobre os produtos importados do brasil, a partir de 1º de agosto.

Adicionalmente, tanto o governo brasileiro quanto nós exigimos pragmatismo, reconhecendo que o brasil é insubstituível do ponto de vista de produção e exportação, enquanto os estados unidos são insubstituíveis no aspecto do consumo, afirma o executivo.

Importante mencionar que além de ser o maior produtor mundial de café, o brasil responde por 30% do market share de café nos eua, segundo dados do departamento de estatísticas dos eua, o que o posiciona como principal fornecedor do grão para o país, especialmente do tipo arábica. em 2024, 83% do café desembarcado nos eua era arábica

Especialistas apontam que no ano passado, os eua representaram 16,1% de todas as exportações de café do brasil, correspondendo, em termos de receita, a cerca de us$ 2 bilhões.

Com a taxação de trump, países como vietnã e colômbia, que ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente, na produção global, não têm capacidade para oferecer uma quantidade significativa de café aos eua, que têm uma demanda anual de 24 milhões de sacas. no caso do vietnã, a produção é majoritariamente do tipo canéfora.

Tarifa de Trump

Vale destacar que analistas afirmam que, caso o brasil deixe de exportar café para os eua, a produção nacional poderia ser direcionada para outros mercados, especialmente os asiáticos, mas na visão do setor cafeeiro, a medida é vista como de curto prazo

Especialistas apontam que na visão do diretor-executivo do cecafé, sendo os estados unidos o principal mercado do brasil, qualquer ação nesse sentido deve ser estruturada a longo prazo.

temos 30% do mercado. é preciso encontrar um meio-termo que beneficie ambas as partes, afirma.

Importante mencionar que celírio inácio, diretor-executivo da associação brasileira da indústria de café (abic), compartilha da mesma visão e diz que, até que haja um alinhamento com novos mercados, não há uma alternativa imediata

Segundo fontes, não podemos simplesmente substituir os 8 milhões de sacas exportadas para os estados unidos por outros países de forma rápida. isso não é algo simples. não podemos considerar a possibilidade de ficar sem os eua, diz.

José pimenta júnior, diretor de comércio internacional e relações governamentais na bmj associados, enfatiza que é necessário que o governo se organize com os setores agropecuários para definir os próximos passos, caso ocorram retaliações.

É essencial notar que há diversas opções, que vão desde negociações de acesso a produtos americanos no mercado brasileiro, até retaliações em bens, além de possíveis retaliações cruzadas, como em propriedade intelectual ou serviços, afirma pimenta

De acordo com informações, para ele, cabe ao governo brasileiro decidir quais instrumentos serão utilizados e como será feito esse processo.

a experiência de outros países nas negociações com os americanos gira, principalmente, em torno do acesso preferencial e da melhoria do fluxo comercial. a retaliação, seja em bens ou cruzada, é uma medida arriscada e pode causar mais danos à relação bilateral, diz.

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