Goldman rebaixa Usiminas e acende alerta sobre pressão prolongada nas margens: Detalhes revelados
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Novos detalhes sobre goldman rebaixa usiminas e acende alerta sobre pressão prolongada nas margens vêm à tona. “o atual sistema de cotas é ineficaz para conter o avanço do aço importado, que segue pressionando os preços locais”, diz o relatório. a fatia da csn equivale a 12 dias de volume médio negociado — o que, segundo o goldman, pode aumentar...
De acordo com fontes, As ações da usiminas (usim5) caem cerca de 5% na manhã desta quarta-feira, 16, entre as maiores baixas do ibovespa, após o goldman sachs rebaixar sua recomendação para os papéis da companhia de 'compra' para 'neutro'. o preço-alvo foi cortado de r$ 8,40 para r$ 5,20, o que implica um potencial de valorização de 23% a partir dos níveis atuais. Continue lendo para saber mais.
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Vale destacar que o rebaixamento reflete uma combinação de fatores estruturais e conjunturais que, na visão do banco, devem continuar pressionando as margens da siderúrgica nos próximos anos, mesmo após a conclusão de um robusto ciclo de investimentos. “apesar dos ganhos recentes nas ações e da melhora pontual de rentabilidade, a usiminas ainda enfrenta desafios significativos”, escreveram os analistas marcio farid, emerson vieira e henrique marques
De acordo com informações, há pouco menos de um mês, o itaú bba também tinha rebaixado a recomendação para os papéis da companhia. o safra, por sua vez, é mais pessimista e carrega uma recomendação de venda.
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O relatório aponta vários motivos principais para a mudança na recomendação, com destaque para a frustração com os resultados do alto-forno 3, reformado em 2019. o investimento, equivalente a 22% do valor de mercado da empresa à época, não entregou os ganhos esperados em eficiência. segundo o goldman, a usiminas segue operando com desvantagem de custo frente aos pares: a margem de ebitda por tonelada do aço está 40% abaixo da média da concorrência para o período entre 2025 e 2027.
Importante mencionar que outro ponto de pressão é a baixa integração em carvão coqueificável, matéria-prima essencial na siderurgia. atualmente, 70% do insumo é comprado de terceiros, o que reduz eficiência e eleva os custos para reverter esse quadro, seria necessário reativar a planta de coque da companhia, o que demandaria entre r$ 1,5 bilhão e r$ 2 bilhões em investimentos adicionais — um valor equivalente a cerca de 40% do valor de mercado da empresa
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Especialistas apontam que a conjuntura também joga contra. o banco vê a demanda doméstica por aço próxima do pico, com sinais de desaceleração à frente. as importações, principalmente da china, seguem em níveis elevados, representando mais de um terço do consumo brasileiro de aço plano. “o atual sistema de cotas é ineficaz para conter o avanço do aço importado, que segue pressionando os preços locais”, diz o relatório.
Adicionalmente, com isso, o preço do aço no brasil (hrc) caiu 15% desde o primeiro trimestre, para cerca de r$ 3.800 por tonelada, e deve seguir pressionado na ausência de medidas de proteção comercial mais efetivas.
É essencial notar que embora os papéis da usiminas estejam negociando com desconto frente à média histórica — a 4,0x ev/ebitda contra a média de 9,3x em 10 anos — o goldman vê pouco espaço para uma reprecificação no curto prazo. as projeções de geração de caixa livre são baixas: -3% em 2026 e +4% em 2027, segundo o banco
Especialistas apontam que o relatório também menciona como risco adicional o potencial overhang da venda das ações da usiminas detidas pela csn. o cade deu prazo até agosto para que a empresa apresente um plano de desinvestimento. a fatia da csn equivale a 12 dias de volume médio negociado — o que, segundo o goldman, pode aumentar a volatilidade dos papéis.
Além disso, no setor de mineração e siderurgia, o banco mantém preferência por gerdau dentro do setor, destacando sua exposição ao mercado americano, que ajuda a suavizar os efeitos da pressão de margens no brasil.
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