Madrasta de criança de 3 anos morta ao ser esquecida em carro por 10h é indiciada

Por Everton Henrique Publicado em 05/05/2025, às 14h22 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Madrasta de criança de 3 anos morta ao ser esquecida em carro por 10h é indiciada

Após a trágica morte de uma criança que foi esquecida dentro de carro por 10h, madrasta é indiciada pela Polícia

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Uma mulher foi indiciada pela Polícia Civil de Santa Catarina após a morte de uma criança de três anos, deixada dentro de um carro por aproximadamente dez horas na cidade de Videira. O caso aconteceu no dia 25 de abril e comoveu a população local. Segundo o delegado Édipo Flamia Hellt, responsável pela investigação, a causa do falecimento foi asfixia. A mulher, que é companheira da mãe do menino, responderá ao processo em liberdade.

Uma mulher foi indiciada pela Polícia Civil de Santa Catarina após a morte de uma criança de três anos, deixada dentro de um carro por aproximadamente dez horas na cidade de Videira. - Everton Henrique

Santa

De acordo com o depoimento prestado à polícia, a investigada afirmou que naquela manhã seguiu sua rotina habitual: levou a esposa ao trabalho por volta das 7h e, como de costume, deveria ter levado o menino à creche. No entanto, ela contou que acabou retornando para casa sem notar que a criança ainda estava no banco de trás. Após estacionar o carro, trancou as portas e saiu de bicicleta rumo ao próprio trabalho em uma cidade vizinha. Somente no fim do dia, ao retornar ao veículo, percebeu a tragédia.

Catarina

As autoridades reuniram imagens e testemunhos que corroboraram a versão apresentada pela mulher. Ela relatou sofrer de transtorno de déficit de atenção e ansiedade, além de fazer uso contínuo de medicamentos. A psiquiatra responsável por seu acompanhamento confirmou os diagnósticos durante a apuração do caso. O delegado destacou que, apesar da ausência de intenção, a mulher agiu com descuido. “Minha posição é pelo indiciamento, homicídio culposo, diante da previsibilidade objetiva e da inobservância do dever de cuidado”, afirmou.

A perícia no veículo mostrou sinais de que a criança tentou se mover dentro do carro até por volta das 9h, o que reforça que ela permaneceu consciente por algumas horas após ser esquecida. O exame do corpo, por outro lado, não identificou marcas de agressão ou ferimentos externos. Para o delegado, embora não tenha havido dolo, ficou evidente a negligência. “A conduta da investigada, apesar de não dolosa, ocasionou o resultado morte. Há o nexo causal”, explicou.

Ainda segundo a mulher, o comportamento do menino estava diferente naquele dia. Ele teria apresentado sintomas gripais e estava mais quieto e sonolento do que o habitual, o que pode ter contribuído para que ela não percebesse sua presença no carro. A investigada também disse que convive com a mãe da criança há cerca de quatro anos e que mantinham um ambiente familiar tranquilo. O caso agora segue para o Ministério Público, que decidirá sobre a denúncia formal.

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