Marcha nacionalista em Jerusalém é marcada por tumulto entre israelenses e palestinos: Detalhes revelados

Por Agência o Globo 27 de maio de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Marcha nacionalista em Jerusalém é marcada por tumulto entre israelenses e palestinos: Detalhes revelados

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. Importante mencionar que segundo o status quo vigente desde a tomada de jerusalém oriental por israel, em 1967, os judeus e seguidores de outras religiões, exceto a muçulmana, não são autorizados a rezar nem a ostentar símbolos religiosos na esplanada das mesquitas Segundo fontes, a marcha, segundo o jornal britânico guardian, já...

De acordo com fontes, Centenas de israelenses percorreram as ruas de jerusalém nesta segunda-feira, 26, em uma marcha marcada por tumultos com palestinos. a mobilização ocorre por conta do yom yerushalaim (“dia de jerusalém” em hebraico), também conhecida como marcha da bandeira, onde os israelenses comemoram a "reunificação" da cidade. na marcha, grupos gritaram "gaza é nossa", "morte aos árabes" e "que suas aldeias queimem". Continue lendo para saber mais.

Vale destacar que o primeiro-ministro israelense, benjamin netanyahu, prometeu manter jerusalém "unificada, indivisível e sob a soberania de israel"

Vale destacar que o primeiro-ministro israelense, benjamin netanyahu, prometeu manter jerusalém "unificada, indivisível e sob a soberania de israel". - Agência o Globo

Especialistas apontam que em 1967, israel conquistou e anexou jerusalém leste ao final da guerra árabe-israelense, mas a ocupação não foi reconhecida pela comunidade internacional. os palestinos também querem jerusalém como sua futura capital.

Além disso, a cada ano, por conta da comemoração, milhares de israelenses marcham por jerusalém, terminando no muro das lamentações, o local mais sagrado onde os judeus podem rezar.

É essencial notar que no entanto, em meio à guerra na faixa de gaza, muitos palestinos consideram esta marcha uma provocação. vários grupos de jovens foram vistos atacando comerciantes palestinos, pedestres e estudantes alguns cuspiram em vários transeuntes, proferiram insultos e tentaram entrar à força em residências

Especialistas apontam que o ministro da segurança nacional de israel, itamar ben gvir, que participou da marcha, visitou a esplanada das mesquitas, um ato que tanto os palestinos quanto os países árabes consideraram uma provocação. trata-se do terceiro lugar mais sagrado do islã e para os judeus, que se referem a ele como monte do templo.

Por outro lado, "subi ao monte do templo pelo dia de jerusalém e rezei pela vitória na guerra [em gaza], pelo retorno de todos os nossos reféns (...) feliz dia de jerusalém!", escreveu o ministro no telegram. em um discuro no meio da multidão, ele pediu a pena de morte para "terroristas".

Importante mencionar que segundo o status quo vigente desde a tomada de jerusalém oriental por israel, em 1967, os judeus e seguidores de outras religiões, exceto a muçulmana, não são autorizados a rezar nem a ostentar símbolos religiosos na esplanada das mesquitas

Segundo fontes, a marcha, segundo o jornal britânico guardian, já é vista como uma expressão violenta e provocativa do controle judaico sobre jerusalém, que no passado desencadeou conflitos mais amplos. em 2021, por exemplo, a violência no mesmo evento ajudou a desencadear uma guerra de 11 dias entre israel e o hamas.

Israel emite ordem de retirada em Khan Younis

Além disso, o exército de israel emitiu um alerta de retirada para a população civil na cidade de khan younis, no sul do enclave palestino, de onde afirmam ter partido disparos de foguete contra o território israelense. a ordem para retirada ocorre após novos bombardeios israelenses matarem 50 pessoas desde a madrugada desta segunda-feira, segundo a defesa civil de gaza, e um dia após a imprensa israelense detalhar planos do governo para deslocar toda a população palestina para uma área equivalente a apenas 25% do enclave, enquanto os militares tentam ocupar os 75% restantes nos próximos dois meses.

Vale destacar que a faixa costeira de mawasi é um dos três bolsões em que os militares israelenses pretendem manter a população palestina enquanto a nova fase da ofensiva com objetivo de eliminar o grupo terrorista hamas está em curso, segundo fontes israelenses. toda a população de gaza, calculada em cerca de 2,4 milhões antes da guerra, seria confinada em mawasi (sul), em uma área no centro da faixa e na cidade de gaza, ao norte somadas, as três zonas teriam 226 quilômetros quadrados, o equivalente a 25% do território os restantes 75% do enclave ficariam sob controle dos militares — que atualmente controlam cerca de 40% do território

Segundo fontes, netanyahu afirmou que a operação "carruagens de gideão", em curso há cerca de dez dias, visa derrotar o hamas e resgatar os reféns mantidos em gaza. o premier também afirmou que a totalidade da faixa de gaza será ocupada pelas forças israelenses e recentemente defendeu o plano de donald trump para o enclave — que consistiria no deslocamento da população civil para outros países.

Além disso, os planos israelenses ocorrem a contragosto de grande parte da comunidade internacional, que tem aumentado o tom das críticas ao governo em meio ao recrudescimento da ofensiva. a defesa civil de gaza, administrada pelo hamas, anunciou nesta segunda-feira que, das mais de 50 pessoas mortas em vários bombardeios israelenses, 33 estavam na escola fami aljerjawi, na cidade de gaza, que era usada como abrigo. o exército israelense afirmou que "terroristas importantes" estavam na escola e que "tomou várias medidas para mitigar o risco de causar danos à população civil".

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