Mulher vai ser colocada em coma induzido para tentar reverter 'pior dor do mundo'

Por Tom Henrique Publicado em 20/06/2025, às 13h54 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Mulher vai ser colocada em coma induzido para tentar reverter 'pior dor do mundo'

Carolina Arruda, mulher que viralizou nas redes sociais por ter a 'pior dor do mundo', vai ser colocada em coma induzido; confira

Aos 28 anos, Carolina Arruda, moradora de Bambuí (MG), vive há mais de uma década com um tipo de dor considerada uma das mais intensas do mundo: a neuralgia do trigêmeo. Após seis cirurgias sem sucesso, ela passará por uma nova tentativa de alívio. Caso seu estado de saúde permita, será internada no dia 13 de agosto na UTI da Santa Casa de Alfenas, onde ficará em coma induzido, entubada e sob ventilação mecânica por até cinco dias. A iniciativa, segundo ela, é uma tentativa extrema de “reiniciar o cérebro” para que os medicamentos voltem a fazer efeito. “Minha última esperança agora é ser colocada em coma induzido... pra ver se meu cérebro ‘reinicia’”, afirmou.

A neuralgia do trigêmeo é uma doença neurológica rara, apelidada de “doença do suicídio” devido à intensidade de suas crises. A dor atinge o nervo responsável pelas sensações faciais e pode ser desencadeada por gestos simples, como falar ou sentir vento. De acordo com o neurologista Bruno de Castro, trata-se de uma das dores mais intensas existentes. No caso de Carolina, o quadro é ainda mais raro e severo: a dor é contínua e bilateral. “Nem dormindo. Nem com remédio. Nem abrindo o crânio”, desabafou a jovem, que já chegou a passar mais de 70 horas sem dormir devido ao sofrimento.

A neuralgia do trigêmeo é uma doença neurológica rara, apelidada de “doença do suicídio” devido à intensidade de suas crises. - Tom Henrique

Quem é o médico?

O procedimento será realizado pelo SUS, dentro de um protocolo clínico conduzido pelo Centro de Dor da Santa Casa. O médico responsável, Carlos Marcelo Barros, destaca que, apesar de os medicamentos já serem amplamente usados, a forma como serão administrados está sendo estudada em novas abordagens. “As medicações são fortes e precisam de suporte de UTI para segurança do paciente”, explicou. A intenção é “liberar” os receptores de dor dos medicamentos que Carolina toma continuamente há 12 anos, e que hoje já não produzem efeito algum.

Mesmo sem garantias, Carolina encara o tratamento como uma chance de descanso físico e mental. “É cruel demais ter que aceitar ser totalmente sedada só pra tentar escapar desse sofrimento por alguns dias. Mas qualquer chance de paz já parece um alívio”, declarou.

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