Opinião: O brasil precisa olhar para o solo urbano para fazer suas ferrovias avançarem

Por Da Redação 17 de julho de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Opinião: O brasil precisa olhar para o solo urbano para fazer suas ferrovias avançarem

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. Vale destacar que o brasil ainda trata a ferrovia, até mesmo as ferrovias urbanas e intercidades, como um investimento isolado. é possível e necessário atrelar outorgas de uso imobiliário, zoneamento inteligente, parcerias com o setor privado e instrumentos como operações urbanas consorciadas para alavancar o investimento ferroviário.

Em uma revelação exclusiva, Por george santoro* A história completa está aqui.

Vale destacar que a agenda de infraestrutura ferroviária brasileira permanece aquém do seu potencial. em um país de dimensões continentais e com demandas logísticas crescentes, é inquestionável que o modal ferroviário deve ser um eixo estruturante de desenvolvimento econômico e regional temos avançado no transporte ferroviário de cargas, mas ainda engatinhamos no transporte ferroviário de passageiros para avançar nessa pauta, precisamos integrar os debates sobre uso do solo urbano e mobilidade por ferrovia

Vale destacar que a agenda de infraestrutura ferroviária brasileira permanece aquém do seu potencial. - Da Redação

Especialistas apontam que o brasil tem hoje apenas dois serviços interestaduais de transporte ferroviário regular de passageiros, ambos operados em malhas predominantemente de cargas – a estrada de ferro vitória a minas e a ferrovia dos carajás.

Há oportunidade para avançar: o ministério dos transportes tem estudos em andamento para a identificação de trechos ferroviários que podem ser aproveitados para o transporte de passageiros. esses estudos identificaram, preliminarmente, seis pares de cidades que podem ser conectados com investimento relativamente baixo, e alta viabilidade de tráfego. é hora, portanto, de mudar o cenário dos trens de passageiros no brasil. para isso, precisamos atuar com criatividade e visão de longo prazo, e aprender com quem já acertou.

Vale

Importante mencionar que um dos casos mais bem-sucedidos no mundo vem de hong kong, onde a mtr corporation adota o modelo “rail + property”. lá, a concessão ferroviária não é apenas uma questão de trilhos e trens o operador recebe do governo os direitos de uso e desenvolvimento imobiliário em áreas estratégicas no entorno das estações esses empreendimentos — residenciais, comerciais e de uso misto — são altamente valorizados pela integração ao transporte público

De acordo com informações, com isso, mais da metade da receita da mtr vem do setor imobiliário, e não da tarifa. é um exemplo robusto de como o valor urbano gerado por uma ferrovia pode financiar a própria infraestrutura que o criou.

Shenzhen seguiu caminho semelhante na linha 4 do seu metrô, com uma concessão de 30 anos que incluiu direitos imobiliários sobre quase 3 milhões de metros quadrados. em copenhague, a prefeitura criou uma empresa de propósito específico para desenvolver terrenos públicos adjacentes ao novo metrô.

É essencial notar que essa empresa tomou empréstimos garantidos pela valorização futura dos imóveis, quitando a dívida com a venda dos terrenos. até mesmo cidades norte-americanas adotaram modelos de captura de valor urbano para viabilizar projetos ferroviários, como na renovação da union station de denver

Especialistas apontam que no brasil, temos experiência com a exploração de receitas acessórias por concessionárias de serviço público.

Especialistas

Adicionalmente, a exploração de receitas não tarifárias derivadas de exploração imobiliária já foi inclusive usada para viabilizar concessões de infraestrutura. as concessões para os aeroportos de jacarepaguá e campo de marte, por exemplo, previram a possibilidade de exploração econômica de espaços no complexo aeroportuário como fator relevante (e até preponderante) das receitas das concessionárias.

Vale destacar que para viabilizar nossos projetos de trens de passageiros, precisamos considerar e ir além dessas experiências, e criar um modelo alinhado à prática internacional

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Segundo fontes, george santoro, secretário-executivo do ministério dos transportes, em entrevista ao programa exame infra (exame infra/youtube)

Por outro lado, o desenvolvimento urbano e ferroviário se potencializam. toda nova linha ou estação ferroviária transforma profundamente seu entorno, gerando valorização imobiliária e novas oportunidades econômicas. esse valor deve ser capturado e reinvestido no próprio sistema, potencializando o benefício coletivo gerado pelo projeto ferroviário.

Segundo

Vale destacar que o brasil ainda trata a ferrovia, até mesmo as ferrovias urbanas e intercidades, como um investimento isolado. isso precisa mudar

De acordo com informações, a ferrovia deve ser pensada como vetor de transformação urbana, com instrumentos regulatórios, fiscais e jurídicos que permitam a captura e reinjeção de valor no projeto e no desenvolvimento ferroviário. é possível e necessário atrelar outorgas de uso imobiliário, zoneamento inteligente, parcerias com o setor privado e instrumentos como operações urbanas consorciadas para alavancar o investimento ferroviário.

O novo ciclo de concessões e autorizações ferroviárias oferece a oportunidade de incorporar essas experiências bem-sucedidas ao desenvolvimento de um modelo para alavancar o transporte ferroviário de passageiros. mas isso exigirá mais do que vontade política.

É essencial notar que requererá visão territorial, articulação federativa e capacidade de inovar no financiamento. os trilhos do futuro não se sustentam apenas com tarifa ou orçamento público eles se viabilizam quando o solo urbano, valorizado pela mobilidade, passa a ser parte da equação de investimento só assim os trilhos sairão do papel — e chegarão aonde o país realmente precisa

Segundo fontes, *george santoro é secretário-executivo do ministério dos transportes.

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