Os 3 pontos que poderão definir o sucesso do acordo de paz entre Hamas e Israel: Nova perspectiva

Por Rafael Balago 10 de outubro de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Os 3 pontos que poderão definir o sucesso do acordo de paz entre Hamas e Israel: Nova perspectiva

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. a menos que haja uma adesão clara de elementos palestinos em campo (incluindo o hamas, que se opõe à ideia), é difícil imaginar quaisquer forças árabes dispostas a se mobilizar", afirma o csis. Importante mencionar que os dois lados concordaram com a primeira fase do acordo, que prevê a libertação de reféns...

De acordo com fontes, Nesta semana, hamas e israel chegaram a um acordo para encerrar a guerra em gaza, que dura dois anos. o negociador-chefe do hamas, khalil al-hayya, disse nesta quinta-feira, 9, ter recebido garantias dos estados unidos de que a guerra acabou, mas analistas apontam que há um caminho ainda incerto pela frente. Veja os detalhes a seguir.

Importante mencionar que os dois lados concordaram com a primeira fase do acordo, que prevê a libertação de reféns pelo hamas e de prisioneiros palestinos por israel e um recuo das forças israelenses, que vão reduzir sua presença de 85% para 50% do território de gaza

Importante mencionar que os dois lados concordaram com a primeira fase do acordo, que prevê a libertação de reféns pelo hamas e de prisioneiros palestinos por israel e um recuo das forças israelenses, que vão reduzir sua presença de 85% para 50% do território de gaza. - Rafael Balago

Especialistas apontam que as próximas etapas, que ainda serão negociadas, tratarão de pontos mais sensíveis.

Por outro lado, uma análise do centro para estudos internacionais e estratégicos (csis), think tank baseado em washington, aponta que há três pontos fundamentais para serem negociados. são eles:

Importante mencionar que o acordo de paz prevê estes tópicos, mas não detalha como eles serão atingidos

Segundo fontes, o acordo visa à 'desmilitarização de gaza sob a supervisão de monitores independentes', mas é escasso em detalhes, sem indicações claras de cronogramas ou metas, muito menos de como exatamente o desarmamento será realizado, diz uma análise do csis, assinada pelos pesquisadores mona yacoubian e will todman.

O instituto dá como exemplo o objetivo de destruir a estrutura militar do hamas. os túneis representam um desafio particularmente espinhoso. altos funcionários da defesa israelense estimam que a rede de túneis do hamas em gaza tem de 560 a 640 quilômetros de extensão, chegando a 60 metros de profundidade, diz.

Transição em dúvida

É essencial notar que há dúvidas ainda sobre como será um governo de transição depois que o hamas deixar a região, como previsto no acordo. este grupo seria formado por especialistas palestinos, com supervisão internacional

Segundo fontes, não há clareza sobre os papéis de supervisão do ex-primeiro-ministro britânico tony blair e do presidente trump (como presidente do conselho da paz). a criação de uma força internacional de estabilização de parceiros árabes e globais também enfrenta grandes obstáculos. a menos que haja uma adesão clara de elementos palestinos em campo (incluindo o hamas, que se opõe à ideia), é difícil imaginar quaisquer forças árabes dispostas a se mobilizar, afirma o csis.

Além disso, outro ponto sensível é quem pagará pelo custo de reconstruir gaza, estimada em mais de us$ 50 bilhões.

É essencial notar que não há perspectiva de que os governos árabes contribuam para a reconstrução de gaza se o hamas puder retomar o poder e então atacar israel, levando israel a destruir tudo o que foi reconstruído, diz thomas warrick, ex-secretário assistente de contraterrorismo no governo dos eua, em análise para o atlantic council

De acordo com informações, ao mesmo tempo, a proposta de criar um caminho para a criação de um estado palestino deve encontrar oposição entre as alas mais à direita do governo israelense, e também gerar dificuldades futuras.

as partes estão entrando em um processo no qual elas têm pouca fé. nenhum deles acredita nas intenções do outro lado e não pode ser convencido do contrário, diz o pesquisador natan sachs, em análise para o middle east institute.

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