PM de folga confunde jovem feirante com bandido e o mata a tiros no Rio de Janeiro

Por Everton Henrique 06 de Abril de 2025 às 19h48 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
PM de folga confunde jovem feirante com bandido e o mata a tiros no Rio de Janeiro

Na manhã deste domingo, um episódio trágico abalou a comunidade da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O feirante Pedro Henrique Morato Dantas foi morto a tiros pelo policial militar Fernando Ribeiro Baraúna, que estava de folga no momento do crime.

A ocorrência se deu na Praça Panamericana, onde Pedro se preparava para iniciar o trabalho montando as barracas da feira. Segundo testemunhas, o agente teria confundido o feirante com um criminoso após sair de uma casa noturna acompanhado da esposa. O policial confessou ter efetuado os disparos.

"O comando da corporação reitera que não compactua com cometimento de excessos e crimes realizados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos" - Nota da Polícia Militar

De acordo com informações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o militar foi detido em flagrante e levado à 22ª Delegacia de Polícia, onde foi autuado por homicídio qualificado. O caso já foi encaminhado ao Poder Judiciário, e a Corregedoria da Polícia Militar está conduzindo uma investigação interna.

Versões conflitantes

Testemunhas relataram que a esposa do policial alegou ter sido assaltada por Pedro Henrique instantes antes do crime. No entanto, pessoas que estavam na feira afirmam que o rapaz já estava no local se preparando para trabalhar.

Uma colega de Pedro gravou o momento logo após os disparos. Em tom de desespero, ela pediu justiça: "Olha, a gente estava trabalhando na barraca de pastel e meu amigo trabalhador, que frita o pastel... Olha, ele matou meu amigo trabalhador".

Histórico preocupante

Esse não é o primeiro caso semelhante registrado na região. Em fevereiro deste ano, o estudante e jornalista Igor Melo foi baleado por engano na mesma área, também por um policial militar, após sair de uma casa de festas onde trabalhava como garçom.

Assim como no caso de Pedro Henrique, a esposa do policial foi quem apontou a vítima como um suposto assaltante. Igor sobreviveu, embora tenha perdido um rim. Pedro, infelizmente, não teve a mesma sorte.

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