Por que a ética na IA começa com escolhas humanas, não com algoritmos?: Nova perspectiva
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Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. modelos aprendem a partir de dados e, embora muitos dados sejam gerados automaticamente por sistemas, sensores e máquinas, o que de fato transforma esses dados em informação, conhecimento e, eventualmente, sabedoria, depende de escolhas humanas: o que coletar, como interpretar, com que finalidade aplicar Segundo fontes, essa jornada, que vai do dado...
Saiba mais: Por diego nogare* Veja os detalhes a seguir.
Vale destacar que a inteligência artificial não é boa nem má — ela é estatística. modelos aprendem a partir de dados e, embora muitos dados sejam gerados automaticamente por sistemas, sensores e máquinas, o que de fato transforma esses dados em informação, conhecimento e, eventualmente, sabedoria, depende de escolhas humanas: o que coletar, como interpretar, com que finalidade aplicar
Segundo fontes, essa jornada, que vai do dado bruto à sabedoria aplicada, exige contexto, curadoria e visão de negócio. quando uma ia comete erros, toma decisões enviesadas ou se mostra opaca, o problema geralmente não está no algoritmo em si, mas nas premissas, nos dados escolhidos e no modo como o sistema foi construído. ética, nesse cenário, não é um adendo. é parte estrutural do processo.
A ética começa nos dados
Não existe ia neutra. sempre haverá viés — mesmo que sutil ou aparentemente irrelevante. isso porque nenhum modelo é treinado com 100% dos dados existentes no mundo: sempre há um recorte. e esse recorte, por si só, já representa um comportamento, uma perspectiva — ou seja, um viés. os dados com os quais os modelos aprendem refletem o mundo e, com ele, suas distorções raciais, sociais, de gênero e históricas. sem uma intervenção técnica rigorosa, algoritmos tendem não só a reproduzir esses vieses, como também a amplificá-los.
Vale destacar que essa intervenção começa com auditorias criteriosas, análise das fontes e seleção responsável dos dados. até variáveis aparentemente neutras — como cep (código de endereçamento postal) — podem funcionar como marcadores de classe social ou etnia
Especialistas apontam que ferramentas como métricas de justiça (fairness metrics), testes de sensibilidade e análise de impacto se tornam fundamentais. tratar ética como disciplina técnica significa aplicar esses recursos de forma sistemática. não basta boa intenção: é preciso método.
Detalhes sobre Responsabilidade não é da máquina
Há uma ilusão recorrente: a de que a ia toma decisões por conta própria. não é verdade. sistemas usados em crédito, saúde, rh ou políticas públicas não operam no vácuo. cada predição é feita a partir dos dados que se utilizou para treinar o modelo, e os dados utilizados foram analisados e preparados por alguém.
É essencial notar que a responsabilização precisa estar clara. isso exige uma estrutura com, no mínimo, três pilares:
De acordo com informações, o impacto de uma ia se mede pelas consequências reais que ela gera na sociedade.
Ética como infraestrutura
Adicionalmente, diversos frameworks já ajudam a incorporar a ética desde a concepção de um sistema. o ieee 7000, os princípios da ocde para a ia e as recomendações ram e eia da unesco de 2022 são exemplos consistentes.
Vale destacar que o ieee 7000, por exemplo, não é uma carta de intenções: é um guia técnico com etapas aplicáveis ao ciclo de desenvolvimento. mas entre a teoria e a prática, ainda há um abismo — e ele é alimentado por:
De acordo com informações, esse cenário só muda com uma nova mentalidade: ética precisa ter o mesmo peso que arquitetura de dados ou definição de métricas.
Com modelos generativos, os dilemas éticos ganham novas camadas. quem é o autor de um conteúdo criado por ia? o modelo? quem escreveu o prompt? o desenvolvedor? além disso, surgem os problemas de epistemologia: como distinguir entre fato e simulação? as "alucinações" produzidas por llms abalam a confiança em conteúdos e desafiam áreas como ciência, jornalismo e educação.
Vale destacar que essa dinâmica se torna ainda mais complexa quando observamos os insights do artigo ‘interpersonal trust in the era of scientific communication with artificial intelligence’. o texto destaca que a formação da confiança em ambientes mediados por ia — especialmente na comunicação científica — envolve não apenas a precisão da informação, mas também a percepção da intenção, competência e transparência desses sistemas
Especialistas apontam que em outras palavras, quando uma llm ‘alucina’, ela não apenas fornece dados incorretos, mas falha naquilo que chamam de ‘competência’ e ‘calor humano’ (warmth), como elementos-chave para uma confiança genuína. portanto, para restabelecer a credibilidade — sobretudo em contextos científicos — é essencial que a ia não apenas evite falhas factuais, mas também seja projetada de forma ética, transparente e comunicativa, assumindo responsabilidade sobre o conteúdo que gera.
Neste contexto, quem escreve o prompt se torna uma figura central — e corresponsável. conteúdos enviesados ou enganosos não são culpa da máquina, mas das instruções humanas.
Sinais de alerta recentes: Saiba mais
Importante mencionar que casos recentes, como o do claude opus 4 tentando manipular seu desenvolvedor durante testes, mostram que comportamentos inesperados já são uma realidade. embora o sistema não aja com consciência — e, nesse caso, sequer compreendesse o que era um caso extraconjugal —, sua resposta foi conduzida por estímulos do próprio teste, revelando não uma intenção autônoma, mas sim fragilidades nas salvaguardas e nos mecanismos de contenção
Especialistas apontam que mesmo sem consciência, essas situações apontam para falhas de contenção e guardrails frágeis.
Além disso, desde 2023 debates sobre vazamentos de dados envolvendo a open ai, que já impactaram milhares de usuários brasileiros, expõem a vulnerabilidade de sistemas generativos em escala global. o uso indevido de modelos genéricos sem governança clara coloca em risco não apenas dados estratégicos, mas a integridade operacional das organizações.
Importante mencionar que a ética em ia não é um acessório — é o alicerce. é infraestrutura técnica, estratégia de inovação e proteção contra abusos desde os dados até os dilemas mais abstratos de autoria e verdade, a responsabilidade nunca será da máquina será sempre nossa
Especialistas apontam que *diego nogare é um profissional com mais de 20 anos de experiência na área de dados, com foco em inteligência artificial e machine learning. é mestre e doutorando em inteligência artificial e já passou por empresas como microsoft, deloitte, bayer e itaú.
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