Restauro florestal pode render US$ 100 bi por ano a países tropicais: Nova perspectiva

Por Agência Brasil 13 de outubro de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Restauro florestal pode render US$ 100 bi por ano a países tropicais: Nova perspectiva

Novos detalhes sobre restauro florestal pode render us$ 100 bi por ano a países tropicais vêm à tona. É essencial notar que o rdm se diferencia de iniciativas como o redd+ jurisdicional (jredd+) e o fundo florestas tropicais para sempre (tfff), pois foca na restauração em escala, e não apenas na prevenção do desmatamento.

Saiba mais: Transformar as florestas tropicais em ativos econômicos e climáticos: essa é a proposta do estudo divulgado nesta segunda-feira, 13, pelo climate policy initiative, ligado à pontifícia universidade católica do rio de janeiro (cpi/puc-rio). Veja os detalhes a seguir.

É essencial notar que o levantamento apresenta o mecanismo de reversão de desmatamento (reversing deforestation mechanism - rdm), que pode gerar até us$ 100 bilhões em receitas anuais para países com florestas tropicais

É essencial notar que o levantamento apresenta o mecanismo de reversão de desmatamento (reversing deforestation mechanism - rdm), que pode gerar até us$ 100 bilhões em receitas anuais para países com florestas tropicais. - Agência Brasil

Especialistas apontam que o estudo foi desenvolvido a partir de uma solicitação do presidente da cop30, embaixador andré corrêa do lago. a ideia é reunir dados sobre as dimensões econômicas da conferência, dentro do “roteiro de baku a belém para 1,3t”, iniciativa que procura reunir 1,3 trilhão de dólares para financiar a transição energética.

“as florestas não são apenas vulneráveis às mudanças do clima, elas são ativos indispensáveis para a luta climática”, explica juliano assunção, diretor executivo do cpi/puc-rio. “ampliar a remoção de carbono da atmosfera é cada vez mais prioridade, e as florestas tropicais oferecem uma das ferramentas mais poderosas disponíveis”.

Vale destacar que o mecanismo proposto é baseado em pagamentos por resultados de restauração florestal, criando incentivos financeiros para países tropicais ampliarem a recuperação de áreas degradadas. a estimativa é que o rdm possa gerar receitas superiores a us$ 5 mil por hectare restaurado, com potencial de remoção de até 2 gtco₂ por ano (emissões globais de dióxido de carbono em toneladas)

Amazônia

De acordo com informações, no caso da amazônia, o estudo mostra que o uso do rdm poderia reverter o cenário atual: em vez de emitir 16 gtco₂ em 30 anos, a região poderia capturar 18 gtco₂ através da regeneração natural em larga escala. isso representaria cerca de us$ 30 bilhões anuais em receitas para a região.

“a amazônia tem contribuição relevante para as metas climáticas globais”, afirma assunção. “a restauração florestal, quando associada à captura de carbono a um preço justo do carbono, é um uso da terra mais lucrativo do que a pecuária de baixa produtividade”.

É essencial notar que o rdm se diferencia de iniciativas como o redd+ jurisdicional (jredd+) e o fundo florestas tropicais para sempre (tfff), pois foca na restauração em escala, e não apenas na prevenção do desmatamento. o mecanismo é estruturado como um acordo bilateral entre um comprador (como um governo ou instituição privada) e uma jurisdição (nacional ou subnacional)

Detalhes sobre Pagamentos baseados na captura de carbono

De acordo com informações, os pagamentos são baseados na quantidade de carbono capturado e gerenciados por fundos jurisdicionais destinados à restauração florestal, prevenção de queimadas e desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.

Adicionalmente, segundo o cpi/puc-rio, os países tropicais analisados — 91 ao todo — possuem 1,27 bilhão de hectares de florestas, armazenando o equivalente a um terço das emissões históricas globais de co₂. restaurar as áreas degradadas desde 2001 poderia recapturar até 49 gtco₂.

Importante mencionar que “a restauração em larga escala pode transformar milhões de hectares degradados em ativos climáticos, mas isso só será possível se mobilizarmos financiamento robusto e de longo prazo. a cop30 é a oportunidade de consolidar uma arquitetura financeira capaz de mobilizar recursos internacionais à altura do potencial das florestas tropicais na agenda climática”, diz assunção

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