Saiba mais sobre: A artista indígena que levou a moda da Amazônia às passarelas do Brasil e do mundo

Por Caroline Marino 30 de setembro de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Saiba mais sobre: A artista indígena que levou a moda da Amazônia às passarelas do Brasil e do mundo

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. Importante mencionar que hoje, é artista plástica, estilista, palestrante e influenciadora digital – com 5 milhões de seguidores nas redes sociais. foto: marcelo soubhia/ @agfotosite Importante mencionar que para we’e’ena, o trabalho que realiza é mais do que uma fonte de renda.

Confira como A amazonense we’e’ena tikuna nasceu na terra indígena umariaçu, no alto rio solimões (am), e carrega no significado do próprio nome – “a onça que nada para o outro lado do rio” – a força e a maneira como enxerga a vida. ao longo da trajetória, precisou superar barreiras e enfrentar o preconceito, mas se manteve firme para conquistar o que desejava. “foi assim que cheguei até aqui: sem desistir e sempre ‘nadando’ para o outro lado”, resume. dessa forma, transformou a arte em negócio e em um manifesto de representatividade. Veja os detalhes a seguir.

Importante mencionar que hoje, é artista plástica, estilista, palestrante e influenciadora digital – com 5 milhões de seguidores nas redes sociais. à frente de uma marca de roupas, acessórios e bonecas que leva seu nome, foi a primeira indígena a apresentar uma coleção no brasil eco fashion week (befw), maior evento de moda sustentável do país no campo das artes, recebeu o prêmio quality internacional do mercosul e tem 12 obras expostas no museu histórico de manaus além disso, ao lado do marido, o violinista anton carballo, administra a pousada casa da árvore alter, em santarém (pa), em meio à floresta amazônica, e integra o grupo de agentes verificados pelo clima da onu brasil

Importante mencionar que hoje, é artista plástica, estilista, palestrante e influenciadora digital – com 5 milhões de seguidores nas redes sociais. - Caroline Marino

De acordo com informações, como reflexo de seu trabalho, vem realizando palestras sobre moda, biodiversidade e economia sustentável no brasil e no exterior, além de parcerias com gigantes do mercado, incluindo natura, boticário, google e skala.

À exame, ela conta o caminho que percorreu até alcançar esse patamar.

Os primeiros passos: Saiba mais

É essencial notar que até os 12 anos, we’e’ena viveu na aldeia. nesse período, só se comunicava em sua língua nativa e tinha na natureza tudo o que precisava a rotina mudou em 1988, após o massacre de parte do seu povo, os tikuna, por madeireiros em busca de mais segurança e para que os seis filhos aprendessem português, os pais decidiram mudar para manaus “era uma forma de defendermos nosso território”, conta

De acordo com informações, ao chegar à cidade, deparou-se com o preconceito e a necessidade de sustento. foi na arte que encontrou sua ferramenta de afirmação e de sobrevivência. começou acompanhando os pais nas feiras de artesanato, onde vendiam objetos feitos a partir de penas, barro, fibras vegetais e sementes. com o tempo, passou a produzir as próprias peças e a fazer pinturas corporais.

Formou-se em artes plásticas e direcionou o trabalho para a valorização e inclusão dos povos indígenas, produzindo quadros, roupas e acessórios. em paralelo, gravava vídeos no youtube para contar sua história, mostrar as criações e falar dos rituais que seguia. rapidamente, o canal cresceu, mesmo sem planejamento ou roteiros. era justamente a naturalidade que chamava a atenção.

Redes sociais como impulso para crescer

Importante mencionar que com a visibilidade online, o caminho no empreendedorismo de we’e’ena começou a ser desenhado, sem que ela mesma percebesse. as obras foram expostas na casa da fazenda, em são paulo as roupas ganharam as passarelas – na rio+20 e no brasil eco fashion week “nunca imaginei que estaria ao lado de estilistas renomados, nem que minhas obras chegariam a galerias vim de uma comunidade indígena, sem falar português e sem entender nada do universo da cidade ”

Segundo fontes, formada também em nutrição, chegou a atuar brevemente em clínicas, mas durante a pandemia decidiu se dedicar integralmente à arte. nesse período surgiu uma das iniciativas mais simbólicas: as bonecas indígenas. produzidas manualmente, com roupas típicas e pinturas corporais, nasceram para reeducar pais e filhos sobre a diversidade dos povos brasileiros. a ideia ganhou escala durante o isolamento, e a demanda surpreendeu: em uma temporada, 500 unidades foram vendidas em apenas três dias. hoje, os lançamentos são feitos em edições limitadas, sempre com fila de espera.

Desafios e aprendizados: Saiba mais

O ponto de inflexão veio quando o youtube brasil a procurou para sua primeira campanha publicitária, abrindo caminhos para colaborações com empresas como vivo, google, samsung, scala, natura e boticário. os convites para apresentações e palestras também começaram a surgir. “tudo era muito novo e eu não sabia nem cobrar pelo trabalho. muitas vezes aceitava em troca de alimentos, pois tudo era bem-vindo”, lembra.

É essencial notar que nesse processo, foi enganada diversas vezes: oportunidades que não se concretizavam ou pagamentos que nunca eram feitos. “isso não acontece na minha comunidade; acreditamos e não vemos maldade nas pessoas precisei aprender na ‘marra’ a lidar com essas situações”, conta mas desistir nunca foi uma opção “sempre me fortaleci no meu nome e acreditei que, se não desse certo agora, daria mais para frente ”

Segundo fontes, nesse sentido, reforça a importância da rede de apoio, formada por suas irmãs, mãe, companheiro e alguns amigos. “construí minha trajetória degrau por degrau. hoje sei o valor da minha palestra, das minhas obras, das minhas bonecas. e agora checo todos os detalhes antes de aceitar uma proposta de trabalho”, afirma.

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Adicionalmente, we'e'ena tikuna arte indigena na 7ª brasil eco fashion week, em 2023. foto: marcelo soubhia/ @agfotosite

Empreendedorismo de impacto

Importante mencionar que para we’e’ena, o trabalho que realiza é mais do que uma fonte de renda. é uma forma de mostrar que os indígenas podem ser protagonistas da própria história e também uma possibilidade de gerar empregos “atuo com mulheres de duas comunidades tikuna e boa parte do que uso para produzir minhas peças vem de lá empreender é mais do que ter um negócio, é poder transformar vidas ”

De acordo com informações, ela resume sua trajetória como um exercício contínuo de resistência e esperança, e como uma forma de inspirar outras mulheres. “nunca desistam de um sonho e se mantenham firmes para realizá-lo. mesmo que uma porta se feche, outra irá se abrir – nem que seja pequena. mas dela, grandes coisas podem acontecer. apesar dos medos e desafios, nunca deixei de atravessar o rio, como a onça que carrego em meu nome.”

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