“Seu filho é um babaca”, disse Silas Malafaia a Bolsonaro sobre Eduardo, revela PF

Malafaia

O pastor Silas Malafaia, alvo de operação da Polícia Federal nesta quarta-feira (20/8), fez duras críticas ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) em mensagens enviadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As conversas entre os dois foram reveladas no começo da noite, após Malafaia ser interrogado pela PF ao descer de um avião no Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro.

Bolsonaro

Em 11 de julho, dois dias após o anúncio de uma sobretaxa de 50% dos Estados Unidos sobre produtos brasileiros — medida confirmada pelo ex-presidente Donald Trump —, Malafaia escreveu a Jair Bolsonaro classificando Eduardo como responsável por enfraquecer a posição do pai. “Esse seu filho Eduardo é um babaca”, registrou o pastor na ocasião.

Eduardo

Segundo ele, a atuação do deputado nos EUA estaria dando argumentos à oposição. “Um estúpido de marca maior. ESTOU INDIGNADO! Só não faço um vídeo e arrebento com ele porque por consideração a você. Não sei se vou ter paciência [de] ficar calado se esse idiota falar mas [mais] alguma asneira”, afirmou.

Mais tarde, Silas Malafaia enviou um áudio ao ex-presidente, elogiando a postura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que havia defendido em entrevista a necessidade de diálogo diante das sanções econômicas. “Dá parabéns ao Flávio, pô! Falou certo, cacete, na GloboNews. Eu não sou a favor da taxação, não, mas tem que sentar pra conversar sobre anistia. Pô, tudo na carta do Trump é pra você. Toda a arrombada que o Trump deu no mundo é sobre economia. Com o Brasil é sobre você. A faca e o queijo está na tua mão, cacete! E nós não podemos perder isso, pô!”, disse.

Na sequência, o pastor comparou a postura dos filhos do ex-presidente e voltou a criticar Eduardo. “Dei-lhe um esporro, cara. Mandei um áudio para ele, de arrombar”, afirmou Malafaia. “Vá para o meio de um cacete. Um cara que tá sendo contra você, essa fogueira de merda de vaidade.”

A medida foi determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no âmbito da PET nº 14129, investigação que apura tentativa de obstrução de Justiça relacionada à chamada trama golpista. Entre as medidas cautelares impostas ao pastor estão a proibição de deixar o país e a de manter contato com outros investigados no processo.