Técnica pioneira no Reino Unido impede transmissão de doenças hereditárias em oito bebês: Nova perspectiva

Por Vanessa Loiola 18 de julho de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Técnica pioneira no Reino Unido impede transmissão de doenças hereditárias em oito bebês: Nova perspectiva

Novos detalhes sobre técnica pioneira no reino unido impede transmissão de doenças hereditárias em oito bebês vêm à tona. essas organelas celulares, presentes apenas no óvulo materno, são responsáveis pela produção de energia nas células quando defeituosas, podem causar doenças graves, que afetam cerca de um em cada 5 mil recém-nascidos Especialistas apontam que de acordo com os estudos publicados...

Confira como Oito bebês nasceram no reino unido por meio de uma técnica que utiliza material genético de três pessoas para impedir a transmissão de doenças mitocondriais hereditárias, segundo médicos do newcastle fertility centre. os procedimentos foram realizados com autorização legal vigente desde 2015 e marcam a aplicação prática da técnica desenvolvida por cientistas da universidade de newcastle. Veja os detalhes a seguir.

Vale destacar que a abordagem combina óvulo e esperma de um casal com mitocôndrias saudáveis de uma doadora. essas organelas celulares, presentes apenas no óvulo materno, são responsáveis pela produção de energia nas células quando defeituosas, podem causar doenças graves, que afetam cerca de um em cada 5 mil recém-nascidos

Vale destacar que a abordagem combina óvulo e esperma de um casal com mitocôndrias saudáveis de uma doadora. - Vanessa Loiola

Especialistas apontam que de acordo com os estudos publicados no new england journal of medicine, a técnica foi aplicada em 22 famílias, resultando no nascimento de quatro meninos, quatro meninas, incluindo um par de gêmeos, e uma gravidez em andamento. todos os bebês nasceram livres de doenças mitocondriais e apresentam desenvolvimento considerado normal.

A técnica consiste na fertilização in vitro de dois óvulos - um da mãe e outro da doadora - com o esperma do pai. o dna nuclear dos pais é então transferido para o embrião com mitocôndrias saudáveis da doadora, substituindo o material original. com isso, a criança nasce com mais de 99,9% do dna dos pais e uma fração da doadora, suficiente para garantir mitocôndrias funcionais.

Vale destacar que os dados clínicos mostram que, em cinco dos casos, as mitocôndrias defeituosas não foram detectadas. nos demais, a proporção de mitocôndrias alteradas variou entre 5% e 20%, abaixo do limite associado à manifestação da doença

Técnica é acompanhada por especialistas

De acordo com informações, a aplicação clínica da técnica é oferecida desde 2017 no sistema público de saúde britânico (nhs), que estima a demanda anual entre 20 e 30 procedimentos. os casos são acompanhados com rigor, e os especialistas afirmam que não há indícios de que os efeitos adversos identificados em duas crianças estejam relacionados à técnica.

Pesquisadores alertam que ainda são necessárias investigações para entender completamente os riscos e limitações do procedimento. a professora mary herbert, da universidade de newcastle, afirmou em entrevista à bbc que o avanço representa um passo importante, mas destacou a necessidade de aprimoramento contínuo.

Importante mencionar que o reino unido é o único país com legislação específica que permite o uso clínico da técnica, após votação no parlamento em 2015. a regulamentação levou em conta que a modificação genética é hereditária, o que implica em mudanças permanentes na linhagem materna

Especialistas apontam que segundo o professor bobby mcfarland, diretor do serviço altamente especializado do nhs para distúrbios mitocondriais raros, os resultados iniciais são promissores, e os bebês estão “vivos, prosperando e se desenvolvendo normalmente”.

A instituição de caridade lily foundation, que atua no apoio a famílias afetadas por doenças mitocondriais, classificou o nascimento das crianças como um marco histórico para a prevenção dessas condições genéticas.

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