Atriz Viviane Araújo quebra silêncio e opina sobre coroação da influenciadora Virginia Fonseca como rainha de bateria da Grande Rio

Viviane Araújo, um dos maiores ícones do Carnaval brasileiro, voltou a ser destaque nas redes e na mídia após comentar, de forma elegante, a entrada de Virginia Fonseca como nova rainha de bateria da Grande Rio. Sem críticas diretas, a rainha do Salgueiro reforçou que não precisa opinar sobre o assunto: “Não tenho que achar nada”. Mas sua declaração reforça o debate entre tradição e influência digital na maior festa popular do país.

“Não tenho que achar nada [risos]. A escola, Grande Rio, convidou ela e… Não sou contra. Como sempre falei, Carnaval é pra todo mundo, se quiser tem o direito de está ali, é pra todo povo, mas assim, é um cargo que realmente é muito disputado e acho que quando você é de uma escola mesmo, se doa, tá ali e vem outra pessoa do nada e a pessoa que é dali sente… Ainda mais o cargo de rainha de bateria, muito almejado pelas meninas…”, disparou.

Com mais de 18 anos como rainha da Bateria Furiosa, Viviane representa o que muitos chamam de “raiz do samba”. Ela também desfilou por anos na Mancha Verde, escola paulista com forte apelo popular. Ao longo da carreira, conquistou respeito pelo carisma, dedicação e por sempre estar presente nos ensaios, diferente de algumas celebridades que apenas “desfilam para fotos”.

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Viviane e o preconceito etário no samba

A atriz e musa do Carnaval não esconde sua indignação com o preconceito que mulheres mais velhas ainda enfrentam, inclusive dentro do próprio samba. Aos 50 anos, Viviane rebateu os comentários maldosos com firmeza:

“Sei que existe preconceito, mas não dou ouvidos a essa minoria barulhenta. O importante é o que o público sente por mim, e isso não tem idade", afirmou. Essa fala ressoou nas redes como um manifesto contra o etarismo, reforçando a imagem de Viviane como símbolo de resistência e empoderamento feminino na avenida.

A troca de Paolla por Virginia: modernidade ou marketing?

A substituição de Paolla Oliveira por Virginia Fonseca na Grande Rio gerou alvoroço. Enquanto Paolla, que reinava absoluta e carismática, sempre teve conexão com a escola e com o samba, Virginia é vista como um nome voltado ao marketing digital. Com mais de 45 milhões de seguidores, a influenciadora representa uma nova geração de celebridades: populares, mas não necessariamente ligadas ao Carnaval.

As críticas vieram de todos os lados, inclusive de personalidades como Luana Piovani, que questionaram a falta de afinidade da influenciadora com a tradição do samba. “Paolla era a onça; Virginia será o tigrinho”, disparou um internauta nas redes.