Adriane Galisteu abriu o coração ao desabafar sobre o seu medo da menopausa; após compartilhar seus métodos, especialista faz alerta

Nos últimos dias, Adriane Galisteu abriu seu coração ao desabafar sobre seu medo com a chegada da menopausa. A apresentadora de 52 anos, foi abordada por uma mulher no banheiro da academia e revelou que faz reposição hormonal.

Em entrevista, à CONTIGO! conversou com a ginecologista Beatriz Tupinambá, que fez alertas e explicou detalhadamente todas as etapas necessárias para a tão temida fase da vida de toda mulher. Confira!

Quais são os principais fatores emocionais e psicológicos na menopausa?

De acordo com a ginecologista, a transição para a menopausa geralmente começa com oscilações de humor. Com a queda dos níveis de estrogênio e progesterona, as mulheres tendem a se sentir mais irritadas, ansiosas, tristes e, às vezes, sem uma motivação clara. "Isso pode gerar uma sensação de descontrole emocional, tornando as pacientes muito mais sensíveis. Outro fator importante é o aumento do risco de ansiedade e depressão", iniciou.

A menopausa é um fator de risco significativo para a depressão, e muitas mulheres apresentam sintomas depressivos nesse período. "Além disso, insônia e cansaço extremo exacerbam esses sintomas de prostração, irritabilidade e tristeza, pois a falta de sono faz com que a mulher acorde ainda mais cansada, intensificando a sensação de humor deprimido. Na sociedade em que vivemos, que valoriza tanto o corpo perfeito, muitas mulheres enfrentam uma baixa autoestima relacionada à sua imagem corporal. Elas sentem que estão perdendo a identidade, comentando que não se reconhecem mais no espelho, o que gera ainda mais ansiedade", continuou a ginecologista.

Segundo Beatriz, a reposição hormonal, que Adriane Galisteu e outras mulheres optam a fazer, ajuda a estabilizar os hormônios. "Quando os hormônios são equilibrados, os sintomas diminuem consideravelmente. Não é à toa que a sensação de climatério e menopausa é comparada a uma TPM exacerbada e constante. Com o equilíbrio hormonal, a mulher perde essa sensação de desequilíbrio, com flutuações constantes de humor. A melhora do sono também contribui para esse equilíbrio, fazendo com que a mulher acorde mais disposta e com humor melhor", explicou. 

"Além disso, a reposição hormonal pode resgatar a libido, melhorar o bem-estar sexual e até ajudar a manter uma composição corporal mais saudável, o que reflete positivamente na autoestima. Isso resulta em um bem-estar geral, ajudando a mulher a superar os sintomas depressivos e de ansiedade".

Quando procurar ajuda médica?

Para a ginecologista, é fundamental que a reposição hormonal seja feita com acompanhamento de um ginecologista ou endocrinologista. No início da reposição, pode ser necessário realizar consultas com intervalos mais curtos até que a dose seja ajustada e os sintomas sejam controlados. 

Além disso, hábitos saudáveis podem diminuir os sintomas da menopausa e melhorar a qualidade de vida. "A prática regular de atividade física é fundamental, e o sedentarismo deve ser evitado a todo custo. Exercícios aeróbicos e anaeróbicos são importantes nessa fase da vida. A higiene do sono é crucial", finaliza Beatriz.