Em entrevista à Contigo! Novelas, Jeniffer Nascimento revelou mais detalhes de seu papel como protagonista em Êta Mundo Melhor! na Globo

Protagonista de Êta Mundo Melhor!, nova trama das 6 da Globo, a atriz Jeniffer Nascimento volta à pele de Dita após quase dez anos e se emociona com a nova fase da personagem, que se torna uma grande cantora de rádio e vira o amor de Candinho, em entrevista à Contigo! Novelas. 

Como foi receber o convite para essa nova fase da Dita, agora, como protagonista?

"Quando me ligaram perguntando sobre a continuidade da novela, não tinha nem ideia do protagonismo, e aceitei. Amo essa personagem. Mas depois bateu uma preocupação: ‘Será que eu lembro dela?’. Eu nunca tinha revivido uma personagem, ainda mais dez anos depois. Mas foi como andar de bicicleta. No fundo, Dita sempre esteve ali".

Dita

Este é seu primeiro trabalho em novela após o nascimento da Lara. O que isso representa?

"Acho que, depois que virei mãe, me tornei melhor atriz. Porque para ter empatia, se colocar no lugar do outro, é preciso ter uma força sobrenatural".

Quais os desafios de transformar a Dita em uma mulher ainda mais forte e determinada?

"Tenho dito muito que Êta Mundo Melhor! é a reparação histórica da Dita. E não só da dela, mas da Manuela também, porque a força da sobrinha de se movimentar e de ir atrás dos seus sonhos faz com que essa tia também se motive a querer novas realidades. Estou extremamente feliz de, com a mesma personagem, recriar um novo imaginário. Não é porque a Dita começou como uma semi-empregada que ela ia ficar nesse lugar. Ela pode ser o que ela quiser".

Candinho

Por que reparação histórica?

"Quando eu saí de Malhação, muita gente me criticou por ser uma mulher preta interpretando uma serviçal, mas falei: ‘Gente, é meu segundo trabalho, e é uma história que existiu’. E agora estou muito feliz. Não é porque a Dita começou uma serviçal que ali é o lugar dela. Ela pode, sim, ser uma cantora de rádio. Acho que também precisamos contar essas histórias e eu estou muito feliz por ajudar a trazer essa visão para as gerações que vão assistir".

A nova fase da Dita reflete sua formação como artista. Como tem sido ter essa oportunidade na novela?

"É um grande presente, porque eu sou uma cantora, minha formação é essa. Ao mesmo tempo, está sendo um grande estudo para mim, porque cantar no estilo dos anos 1940, 1950, é um registro completamente diferente dos dias de hoje. Quando eu estou nos ensaios, ou nos estúdios gravando, a galera brinca se sou eu mesmo cantando porque não é o lugar que eu estou acostumada a cantar".

Mundo

Candinho será o novo companheiro de Dita. O que você acha da relação entre eles?

"Candinho é o acolhimento que a Dita encontra na cidade grande. Ela nunca tinha ido para São Paulo e achava que era como o interior, que todo mundo se conhecia, se ajudava. E leva um grande balde de água fria com a realidade. Mas o Candinho conecta ela à sua essência, lembra que pessoas boas existem".

Como tem sido voltar a trabalhar com praticamente o mesmo núcleo de 2016 e, principalmente, com o Sergio Guizé?

"É um núcleo maravilhoso. Só alegria! Sergio é um grande parceiro de cena, um grande amigo. Esse casal está sendo muito legal de construir. Tanto Candinho quanto a Dita têm pureza, ingenuidade, estão sempre com aquele brilho no olhar, aquele otimismo de que tudo vai dar certo. Acho que a Dita veio para trazer essa força para o Candinho. No momento em que ele começa a questionar isso por causa do sumiço do filho, ela vem e fala: ‘Vamos acreditar, as coisas acontecem e você tem que continuar otimista na vida’. É um casal que vai trazer essa positividade para o público. Vai ser muito legal jogar em cena com o Guizé, a gente dá muita risada, aprendo muito com ele. O Candinho é um personagem que, se você prestar atenção, é uma aula. Está muito bem construído".

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