Caso de Virginia Fonseca levanta alerta sobre cosméticos falsificados e a responsabilidade de influenciadores no mercado de beleza

Uma mulher identificada como Hellen Marques, moradora de Minas Gerais, relatou ter perdido a visão de um dos olhos após utilizar um produto capilar supostamente ligado à influenciadora e empresária Virginia Fonseca. O caso ganhou repercussão nas redes sociais nesta semana e reacendeu o alerta sobre os perigos do uso de cosméticos de procedência duvidosa.

De acordo com o relato, Hellen começou a sentir uma forte ardência nos olhos logo após a aplicação de um botox capilar. Dias depois, sofreu complicações graves que resultaram na perda parcial da visão. Ela afirma que o produto foi indicado como pertencente à linha da Wepink, marca de beleza da qual Virginia é sócia.

Em nota oficial, a influenciadora e a marca negaram qualquer vínculo com o cosmético utilizado e esclareceram que a Wepink não comercializa esse tipo de produto. A empresa também alertou os consumidores sobre a existência de falsificações no mercado e reforçou seu compromisso com a segurança dos clientes.

Influência digital e risco à saúde pública

Com milhões de seguidores e forte influência no setor de beleza, Virginia Fonseca é frequentemente associada a produtos vendidos de forma informal ou sem origem confirmada. Especialistas chamam a atenção para o crescimento das falsificações e a falta de fiscalização no mercado nacional, o que pode resultar em riscos graves à saúde dos consumidores.

Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), todos os cosméticos precisam estar devidamente registrados, com rotulagem correta, fórmula aprovada e origem certificada para circulação no país. O uso de produtos irregulares pode causar reações alérgicas, queimaduras e até cegueira, como no caso relatado por Hellen.

Como identificar um produto falsificado

Para evitar situações semelhantes, especialistas orientam que os consumidores:

Próximos passos e repercussão

A família da vítima informou que estuda medidas judiciais. Nas redes sociais, internautas expressaram indignação com o caso e pediram maior rigor na fiscalização da venda de cosméticos. A influenciadora afirmou que está em contato com a consumidora e disposta a colaborar com as autoridades para esclarecer o ocorrido.

O episódio levanta discussões importantes sobre a responsabilidade de marcas e influenciadores no processo de divulgação de produtos, além da urgência no combate à pirataria no setor da beleza.