Vídeo mostra pai revoltado quebra recepção de hospital após morte de bebê e família denuncia negligência: 'Mataram minha filha

Guararapes

Um episódio de grande comoção ocorreu em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, após a morte de uma bebê durante um parto induzido no Hospital Guararapes. Inconformado com a perda da filha recém-nascida, Victor Petrick, pai da criança, protagonizou um protesto destrutivo na recepção do hospital. Ele quebrou portas, vidros e equipamentos da unidade de saúde, afirmando que sua filha morreu por negligência médica. “Mataram minha filha aqui. Não vai ter atendimento hoje para ninguém”, declarou Victor em vídeo publicado nas redes sociais, como forma de denúncia e desabafo.

Victor

Segundo relatos da sogra de Victor, Cristina da Silva, a gestante Isabelle Raissa Silva estava em boas condições de saúde antes da internação. A avó relata que a gravidez transcorria normalmente e que Lara, a bebê, “estava mexendo, estava tudo sob controle” antes da indução. Ela detalhou que Isabelle recebeu dois comprimidos de misoprostol por via vaginal e mais um por via oral, o que, segundo ela, desencadeou complicações graves. Cristina conta ainda que, após a ruptura da bolsa, a equipe médica notou a presença de mecônio e a ausência de batimentos cardíacos.

Cristina

Isabelle foi transferida para o Instituto de Medicina Integral Prof. Fernando Figueira (Imip), no Recife, onde o parto foi finalizado, mas a criança nasceu sem vida. A família reforça a hipótese de negligência e cobra explicações. “Eu não tenho dúvidas de que foi negligência médica”, disse Cristina. Durante o protesto, funcionários da unidade se feriram com os estilhaços, segundo nota oficial do hospital.

A Polícia Militar foi acionada, mas Victor já havia deixado o local quando os agentes chegaram. O Hospital Guararapes afirmou, por nota, que lamenta profundamente a perda da família e que a depredação será investigada pelas autoridades. Já a prefeitura de Jaboatão dos Guararapes se colocou à disposição da família para prestar apoio, conforme os protocolos de acolhimento e escuta humanizada.