Confronto, prisões e buscas: polícia age contra criminosos em torcidas no Rio

Confronto, prisões e buscas: polícia age contra criminosos em torcidas no Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro deflagrou, nesta quinta-feira (18/9), a Operação Pax Stadium, voltada a combater crimes cometidos por pessoas infiltradas em torcidas organizadas. A ação foi conduzida pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), e incluiu o cumprimento de 39 mandados de busca e apreensão em diferentes endereços, entre eles sedes de torcidas de grandes clubes cariocas.
Janeiro
Durante a operação, um homem foi preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo após confronto com agentes. Além disso, foram apreendidos pedaços de madeira, materiais que poderiam ser usados como armamento em estádios, celulares e propagandas que incitavam a violência. Segundo a polícia, os dispositivos eletrônicos serão fundamentais para rastrear as marcações de confrontos feitas pelas redes sociais.
De acordo com a corporação, a investigação não tem como alvo as torcidas em si, legalmente reconhecidas, mas sim indivíduos que se aproveitam de sua estrutura para a prática de crimes. As apurações identificaram a organização de emboscadas e brigas, muitas delas resultando em feridos e até mortes, além de registros de roubos e homicídios relacionados a esses grupos.
Stadium
O delegado Álvaro Gomes, titular da Draco, destacou em entrevista ao Bom Dia Rio que a investigação teve início em maio. “As torcidas organizadas têm autorização legal para existir. Inclusive, a sua imensa maioria é de pessoas que querem se juntar e ir aos estádios torcer de uma forma mais coesa, mais organizada. Nós identificamos que uma série de pessoas criminosas estão se utilizando das estruturas das torcidas para praticar crimes. Desde arruaças, por exemplo, tivemos casos de fechamento de linha de trem, pessoas que entraram subindo o teto de ônibus. Fora as agressões, pessoas que nem eram integrantes de torcidas estão tendo seus celulares e outros bens subtraídos”, afirmou.
Segundo ele, a operação ocorreu em nove sedes ligadas a torcidas de Vasco, Flamengo, Botafogo e Fluminense. “As pessoas estão sendo também contatadas e já vamos começar as oitivas. Um dos torcedores de Botafogo foi preso hoje em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, porque havia uma arma não registrada na sua casa. (…) Em uma das áreas que fomos, os traficantes locais entraram em confronto com o pessoal da Core e um deles foi preso, e dois fuzis aprendidos. Mas em relação à apreensão aqui da nossa operação, temos farto material. Os principais são os dispositivos eletrônicos, os celulares, porque muitas dessas marcações deles são feitas pelas redes sociais”, detalhou.
Especiais
A ação contou com apoio do Batalhão Especializado de Policiamento em Eventos (Bepe) da Polícia Militar, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) e dos Departamentos-Gerais de Polícia Especializada (DGPE) e da Capital (DGPC). O objetivo é reunir provas que permitam identificar e responsabilizar criminosos que se escondem atrás do futebol.
O aumento recente de confrontos violentos entre torcedores no Rio de Janeiro levou autoridades a intensificar medidas de segurança. A Operação Pax Stadium faz parte desse esforço de monitoramento e repressão, que busca separar o apoio legítimo aos clubes da atuação criminosa de grupos infiltrados.
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