Especialista explica riscos da trombofilia após relato de Mariana Rios

Por Thaíse Ramos 05/08/2025 às 19:53 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Especialista explica riscos da trombofilia após relato de Mariana Rios

Especialista explica riscos da trombofilia após relato de Mariana Rios

Grávida de 17 semanas de seu primeiro filho, Mariana Rios tem usado as redes sociais para dividir com os seguidores momentos especiais da gestação e os cuidados adotados nessa nova fase. A atriz, cantora e apresentadora também contou que, por ter histórico de trombofilia, precisa seguir uma rotina de atenção especial à saúde.

Mariana

“Todos os dias, quando acordo, aplico minha injeção de anticoagulante e também tomo comprimido diário. Faço isso com amor porque sei que estou protegendo meu bebê e a mim também”, destacou a famosa, que é casada com o empresário João Luis Diniz D’Ávila.

“Todos os dias, quando acordo, aplico minha injeção de anticoagulante e também tomo comprimido diário. - Thaíse Ramos

Em entrevista ao portal LeoDias, o hematologista Diego Luz explica que existem dois tipos principais de trombofilia. “Uma delas é hereditária, ou seja, passa de geração em geração. E a outra surge por mutações genéticas ao longo da vida. A forma como elas agem também é diferente, principalmente na gravidez, porque essas trombofilias hereditárias não implicam risco direto de perder o bebê; mas há risco da mãe ter uma trombose, uma embolia no pulmão ou outro tipo de complicação”, destaca.

Rios

Já a trombofilia adquirida — também chamada de Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF) — representa um risco maior tanto para a mãe quanto para o bebê. “Ela aumenta o risco de perda gestacional, e isso pode acontecer em qualquer fase: desde o início até, infelizmente, o fim da gravidez. O mais comum, inclusive, é causar perdas no final da gestação”, ressalta.

O médico faz ainda um alerta: “A gente vê que cada vez mais os ginecologistas estão preocupados com essas perdas porque as pessoas estão decidindo ter filhos cada vez mais tarde. Aos 41 anos, por exemplo, já é um momento muito delicado, porque a reserva ovariana está reduzida. Ou seja, a mulher tem menos tempo para tentar engravidar. Por isso, queremos descobrir o quanto antes se algo pode atrapalhar a gestação. As mulheres estão sendo cada vez mais encaminhadas para o hematologista, para investigar as trombofilias”, explica.

Diego

Diego Luz reforça que é possível passar toda a gravidez sem apresentar sintomas de trombofilia e, mesmo assim, desenvolver complicações após o parto. “A pessoa pode passar a gestação inteira sem ter nada, e no puerpério – que já é uma fase de risco – ter uma trombose”, alerta o hematologista. Ele salienta que, apesar de não ser possível prevenir a trombofilia, há como tratá-la. “A partir do momento em que é diagnosticada, existe tratamento, mas não há forma de prevenir”, pontua.

Por fim, o especialista explica qual é o tratamento mais eficaz para casos diagnosticados. “Basicamente, temos um tipo de tratamento. Para quem tem trombofilia, a medicação é a Enoxaparina, uma injeção aplicada na barriga. Ela serve tanto para tratar quem já tem trombose quanto para prevenir que pacientes com tendência aumentada à trombose sofram perdas gestacionais”, conclui.

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