Exclusivo: Inflação de alimentos recua, mas energia mantém pressão no orçamento das famílias, aponta pesquisa
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A história por trás da notícia revela detalhes surpreendentes. “mesmo com um alívio no preço dos alimentos, a conta de luz e água segue subindo, e isso pode forçar as famílias mais vulneráveis a fazerem escolhas difíceis, como cortar a qualidade e quantidade da alimentação para cobrir as despesas básicas de moradia”.
Confira como O índice nacional de preços ao consumidor amplo (ipca) de junho registrou uma desaceleração geral de 0,24%. pela primeira vez em nove meses, o grupo de alimentação e bebidas registrou queda de preços, enquanto os custos de habitação pressionaram o orçamento dos brasileiros. é o que revela o mais recente boletim mensal de monitoramento da inflação dos alimentos, divulgado na última segunda-feira pelo instituto pacto contra a fome. Veja os detalhes a seguir.
É essencial notar que essa melhora é atribuída à safra recorde de grãos em 2025 e à valorização do real (abaixo de r$ 5,60 por dólar), que alivia a pressão sobre insumos importados
Mas energia e custos de moradia apresentam contradição: Saiba mais
Especialistas apontam que em junho, os grupos de habitação (+0,99%) e transportes (+0,27%) voltaram a pressionar o ipca. a energia elétrica residencial saltou 2,96% e as tarifas de água e esgoto subiram 0,59%. para as famílias de menor renda, esses são gastos incomprimíveis,ou seja, que não há possibilidade de corte ou adiamento.
Por outro lado, essa queda nos preços dos alimentos é um respiro bem-vindo para milhões de famílias que vinham sentindo o peso da alta contínua nos últimos meses, afirma ricardo mota, gerente de inteligência estratégica do instituto pacto contra a fome. no entanto, é crucial observar o cenário completo. o alívio nas gôndolas não significa que o orçamento parou de apertar”.
Importante mencionar que o boletim destaca que, embora o ipca e o inpc (que mede a inflação para famílias de até 5 salários mínimos) tenham variações semelhantes em junho, as oscilações nos preços dos alimentos pesam proporcionalmente mais no orçamento das famílias de menor renda
De acordo com informações, “a mensagem de junho não é a desinflação, mas uma mudança na composição da inflação”, destaca ricardo. “mesmo com um alívio no preço dos alimentos, a conta de luz e água segue subindo, e isso pode forçar as famílias mais vulneráveis a fazerem escolhas difíceis, como cortar a qualidade e quantidade da alimentação para cobrir as despesas básicas de moradia”.
A análise da elasticidade-renda mostra que itens básicos como arroz e feijão, mesmo com preços em queda, continuam tendo seu consumo expandido pelas famílias de baixa renda. o consumo de itens mais nutritivos, como frutas e laticínios, é altamente sensível ao poder de compra. isso ressalta a importância de programas de transferência de renda, como o bolsa família, que não apenas aumentam o acesso a alimentos, mas também promovem uma dieta mais saudável.
Custo da ‘cesta ideal’: Saiba mais
Importante mencionar que o custo da cesta nebin, composta por alimentos in natura e minimamente processados, alcançou r$ 423 por pessoa em junho, valor abaixo do último trimestre e menor que no mesmo período de 2024. em abril, quando o pacto contra a fome lançou o cálculo, a cesta custava r$ 432; já em maio, r$ 441 a baixa indica uma melhora na acessibilidade à alimentação saudável
Segundo fontes, segundo o pacto contra a fome, é necessário foco no monitoramento contínuo e em políticas públicas que considerem a complexidade da inflação e seus impactos desiguais no acesso à alimentação adequada e na segurança alimentar das famílias brasileiras.
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