Fumar na adolescência pode acelerar envelhecimento dos filhos, aponta estudo

Por Thaíse Ramos 29/09/2025 às 19:46 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Fumar na adolescência pode acelerar envelhecimento dos filhos, aponta estudo

Fumar na adolescência pode acelerar envelhecimento dos filhos, aponta estudo

Um estudo conduzido por cientistas da Universidade de Bergen, na Noruega, revelou que o hábito de fumar durante a adolescência pode impactar não apenas a saúde do fumante, mas também a das futuras gerações. Filhos de homens que começaram a fumar por volta dos 15 anos apresentaram sinais de envelhecimento biológico mais acelerado do que a idade cronológica indicaria.

Para

A pesquisa, apresentada no Congresso da Sociedade Respiratória Europeia, que acontece até a próxima quarta-feira (1º/10), sugere que o tabagismo precoce pode provocar alterações no material genético dos espermatozoides, transmitindo danos capazes de afetar o funcionamento celular dos descendentes.

A pesquisa, apresentada no Congresso da Sociedade Respiratória Europeia, que acontece até a próxima quarta-feira (1º/10), sugere que o tabagismo precoce pode provocar alterações no material genético dos espermatozoides, transmitindo danos capazes de afetar o funcionamento celular dos descendentes. - Thaíse Ramos

Para chegar ao resultado, os pesquisadores analisaram dados de 892 pessoas entre 7 e 50 anos que participaram do estudo RHINESSA. Foram examinadas amostras de sangue e utilizados os chamados “relógios epigenéticos”, ferramentas que medem a idade biológica a partir de mudanças químicas no DNA.

Fumar

Essas modificações epigenéticas não alteram o código genético, mas interferem na forma como os genes se expressam e estão associadas a doenças relacionadas ao envelhecimento, como câncer, artrite e demência.

Os resultados mostraram que filhos de homens que começaram a fumar na puberdade tinham idade biológica de nove meses a um ano acima da cronológica. Entre os que também fumaram, a diferença chegava a 15 meses. Já quando o tabagismo paterno começou em idade mais avançada, o impacto foi bem menor.

Universidade

Autor principal do estudo, o professor Juan Pablo López-Cervantes destacou: “Acreditamos que o cigarro nessa fase altere o material epigenético dos espermatozoides e essas mudanças sejam herdadas”.

Os cientistas reforçam a importância de políticas públicas para evitar o início do tabagismo na adolescência, não só para proteger os jovens, mas também para reduzir possíveis impactos nas gerações futuras.

Apesar da queda no número de adolescentes fumantes, o uso de cigarros eletrônicos tem crescido em diversos países e os efeitos de longo prazo ainda são desconhecidos. Para os pesquisadores, os resultados reforçam a urgência de manter crianças e adolescentes longe da nicotina em qualquer forma de consumo.

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