Itália vive pesadelo histórico e pode ficar fora da terceira Copa do Mundo seguida

Por Giovanne Menezes 10/10/2025 às 18:50 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Itália vive pesadelo histórico e pode ficar fora da terceira Copa do Mundo seguida

Itália vive pesadelo histórico e pode ficar fora da terceira Copa do Mundo seguida

A seleção italiana caminha sobre um fio nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Vice-líder do Grupo I, o time de Gennaro Gattuso encara Estônia neste sábado (11/10) e Israel na próxima terça-feira (14/10), pressionado pela possibilidade de repetir um vexame, ficar fora do terceiro Mundial consecutivo.

O fantasma de 2018 e 2022 volta a rondar a Azzurra. Caso termine em segundo lugar, a Itália precisará disputar novamente os playoffs, etapa que se transformou em pesadelo recente, com eliminações para Suécia e Macedônia do Norte. Se cair para a terceira posição, o país tetracampeão mundial nem sequer disputará o torneio de 2026.

O fantasma de 2018 e 2022 volta a rondar a Azzurra. - Giovanne Menezes

Mundo

O colapso do futebol italiano não começou agora. Desde o título mundial em 2006, a seleção não passou da fase de grupos em Copas do Mundo. O declínio acompanha a perda de força dos clubes, que deixaram de competir em igualdade com as potências europeias.

A virada da década de 2010 marcou o início do desmonte. Com a implementação do Fair Play Financeiro da UEFA, Milan, Internazionale e Juventus enfrentaram sérias dificuldades para equilibrar as contas. A Série A, que já foi destino dos maiores craques do planeta, perdeu brilho e protagonismo continental.

Historicamente reconhecida pela solidez defensiva e por ter criado o “Catenaccio” nos anos 1950, a Itália sempre foi referência na arte de se defender. Franco Baresi, Paolo Maldini, Cannavaro e Chiellini consolidaram essa tradição. Mas, nas últimas duas décadas, o problema passou a ser o outro lado do campo.

Desde

A escassez de atacantes italianos é alarmante. Apenas dois jogadores nascidos no país, Ciro Immobile (três vezes) e o já aposentado Fabio Quagliarella, conquistaram a artilharia da Série A nos últimos dez anos. No início dos anos 2000, sete italianos diferentes haviam sido goleadores do campeonato, de Totti a Luca Toni.

Apesar da decadência recente, a Itália continuou revelando grandes goleiros, de Buffon a Donnarumma, e manteve uma base sólida na defesa e no meio-campo, com nomes como Bonucci, Chiellini, Bastoni, Verratti, Jorginho, Tonali e Barella. O problema está no ataque. Desde os tempos de Paolo Rossi, Roberto Baggio, Totti, Del Piero, Inzaghi e Luca Toni, o país não produziu artilheiros do mesmo nível. Hoje, a linha de frente da Azzurra é formada por Mateo Retegui — argentino naturalizado que trocou a Atalanta pelo Al-Qadsiah, da Arábia Saudita, e Moise Kean, que ainda busca estabilidade em sua carreira.

O aumento de estrangeiros nos clubes também levantou debate. A Inter de Milão, última campeã italiana da Champions League (2009/10), não tinha um único jogador italiano entre os titulares da final. Desde então, a seleção seguiu a tendência e passou a depender de naturalizados. Brasileiros como Jorginho, Emerson Palmieri, Rafael Tolói, Luiz Felipe e Éder vestiram a camisa azul.

Copa

Faltando quatro rodadas para o fim das Eliminatórias, a Itália ainda sonha com a classificação direta. O time tem um jogo a menos que seus rivais e depende apenas de si para garantir vaga no Mundial.

Para Gattuso e seus comandados, as próximas semanas serão decisivas. A nação que já foi sinônimo de excelência tática e competitividade luta agora contra o risco de transformar uma crise de uma década em um colapso histórico.

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