Marcelo Faria revela diagnóstico de herpes-zóster e apoia vacina no SUS: “Dor intensa”

Marcelo Faria revela diagnóstico de herpes-zóster e apoia vacina no SUS: “Dor intensa”
O ator Marcelo Faria usou as redes sociais, nesta sexta-feira (19/9), para contar que foi diagnosticado com herpes zóster, uma infecção viral causada pela reativação do vírus varicela zóster, o mesmo responsável pela catapora. Aos 53 anos, ele aproveitou o relato pessoal para incentivar outras pessoas que já tiveram a doença a participarem de uma consulta pública que avalia a inclusão da vacina contra o herpes zóster no Sistema Único de Saúde (SUS).
“Vim compartilhar com vocês uma experiência que eu vivi na pele. Eu tive o herpes zóster. Foi inesperado. Foi doloroso e me marcou bastante. Nesse momento está aberta uma consulta pública para avaliar a possibilidade da incorporação da vacina contra o herpes zóster no sistema único de saúde, o SUS. Consulta pública é um espaço aberto para qualquer pessoa participar, dar sua opinião e contar a sua experiência”, explica o ator, em vídeo.
Marcelo
Na gravação, Marcelo ensina o passo a passo para participar da consulta e ressalta a importância do debate. Em seguida, relembra como seu corpo reagiu à infecção. “Hoje, a análise em andamento é sobre a possibilidade da vacina ser oferecida no SUS para pessoas com mais de 80 anos e para adultos imunocomprometidos. No meu caso, eu tive logo ao completar 50 anos de idade. Foi uma dor intensa. Eu descobri na prática mesmo como que essa doença pode impactar na nossa vida. E muita gente por aí também pode estar correndo esse risco”, afirma.
A Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) abriu, na última quarta-feira (17/9), uma consulta pública para receber manifestações da sociedade sobre a possível incorporação da vacina contra o herpes-zóster, produzida pela farmacêutica GSK, na rede pública.
No momento, a comissão analisa a oferta do imunizante no Programa Nacional de Imunizações (PNI) para idosos com mais de 80 anos e adultos imunossuprimidos a partir dos 18 anos. A consulta pública é uma das etapas do processo de avaliação, que pode recomendar, ou não, a inclusão do medicamento no SUS. A decisão final cabe ao Ministério da Saúde.
Faria
No relatório preliminar, porém, a Conitec se posicionou de forma contrária à incorporação, alegando alto custo. Mesmo com preço reduzido em comparação ao mercado privado — R$ 403,30 por dose para o governo —, a projeção é de que, para imunizar 1,5 milhão de pessoas por ano, o gasto chegaria a R$ 5,2 bilhões em cinco anos.
“Para essa recomendação preliminar, reconheceu-se a importância da vacina do herpes-zóster, mas considerações adicionais sobre a oferta de preço devem ser negociadas para que se chegue a um valor de impacto orçamentário sustentável”, diz o documento.
O imunizante avaliado é o Shingrix, aprovado no Brasil em 2022 para maiores de 50 anos e para imunossuprimidos a partir de 18. Ele é aplicado em duas doses, com intervalo de dois meses entre cada uma. Na rede privada, cada aplicação custa cerca de R$ 800, o que eleva o esquema completo a aproximadamente R$ 1,6 mil.
Sistema
Apesar do nome, o herpes-zóster — popularmente conhecido como “cobreiro” — é uma doença distinta das outras formas de herpes. O diagnóstico está ligado ao vírus varicela-zóster, o mesmo que causa catapora no primeiro contato com o organismo, geralmente na infância.
Depois de provocar a catapora, o vírus permanece “adormecido” no corpo, alojado nos nervos. A reativação pode ocorrer na vida adulta, principalmente em situações de queda da imunidade, resultando no herpes-zóster. A maioria dos casos acomete pessoas acima de 50 anos ou imunossuprimidas, grupos considerados de maior risco.
De acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), aproximadamente uma em cada três pessoas desenvolverá herpes-zóster ao longo da vida. O quadro provoca lesões na pele e dores intensas, geralmente localizadas em apenas um lado do corpo.
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