O que o prazer oculto de ver o outro se dar mal revela sobre nós: Nova perspectiva

Por Marc Tawil 21 de julho de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
O que o prazer oculto de ver o outro se dar mal revela sobre nós: Nova perspectiva

Novos detalhes sobre o que o prazer oculto de ver o outro se dar mal revela sobre nós vêm à tona. o fracasso, por sua vez, alivia. onde o erro alheio, ou mesmo a suspeita de erro, precisa se converter em audiência, lucro ou narrativa, afinal, ninguém mais erra em nada (contém ironia).

Em uma revelação exclusiva, Você já se sentiu secretamente satisfeito ao ver alguém se dar mal? Continue lendo para saber mais.

Importante mencionar que um colega promovido “rápido demais” e, depois, tropeçando publicamente. um influenciador que parecia inalcançável e, em seu auge, ser vítima de cancelamento ou, mais recentemente, um ceo de sucesso e uma executiva de rh expostos em um show lotado do coldplay, flagrados pela câmera do estádio e viralizados com fúria no mundo todo

Importante mencionar que um colega promovido “rápido demais” e, depois, tropeçando publicamente. - Marc Tawil

Segundo fontes, assim como “saudade”, que só a língua portuguesa carrega com profundidade, os alemães cunharam a palavra schadenfreude — schaden (dano) + freude (alegria) — para definir o prazer que sentimos ao ver o outro se dar mal.

Além disso, por mais desconfortável que seja admitir, essa alegria pelo infortúnio alheio, em maior ou menor medida, em algum tempo da vida, sempre ou quase nunca, mora em cada um de nós.

Importante mencionar que sim, vivemos temporadas de exposição crua e vigilância social ampliada, em que uma única imagem, tirada fora de contexto (ou não), vira manchete, meme, demissão ou pedido de demissão. e, aquilo que deveria causar espanto (a velocidade e a crueldade com que reputações de uma vida inteira são assassinadas e biografias são reduzidas a cliques), acaba nutrindo esse vício coletivo de ver o outro se espatifar

De acordo com informações, para quem se alimenta do schadenfreude, o sucesso do outro incomoda. o fracasso, por sua vez, alivia.

Celebrar a destruição alheia não é novo. porém, a traição no show do coldplay, na minha visão, traz sim uma novidade: se antes o schadenfreude era um pensamento escondido ou uma sensação rápida e silenciosa, agora ele é abraçado pelas marcas e a publicidade sem pudor algum. ou seja, vence quem festeja o fracasso do outro de maneira criativa e até performática nos vídeos do tiktok, nos estádios, replicando carrosséis do instagram ou dramatizado em dublagens engraçadas.

Vale destacar que a desgraça virou entretenimento e, o julgamento, esporte coletivo

Segundo fontes, o spot do coldplay não é só uma fofoca de escritório em escala global. é muito mais que isso: é o retrato de uma era onde a exposição é a moeda. onde o erro alheio, ou mesmo a suspeita de erro, precisa se converter em audiência, lucro ou narrativa, afinal, ninguém mais erra em nada (contém ironia).

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Flagra em “kiss cam” se espalhoa nas redes sociais, vira tendência em shows e culmina na saída do executivo andy byron da astronomer (reprodução)

Heróis no post, vilões no story

É essencial notar que compartilhar o escândalo com uma frase de efeito para se sentir superior exige pouco esforço. já refletir sobre o que isso diz sobre nós, como indivíduos e como sociedade, é bem mais difícil

Especialistas apontam que a neurociência aponta que esse sentimento se dá, em parte, por uma suposta evolução: o schadenfreude “nos protege” da inveja paralisante e reforça nosso senso de justiça. “ver o outro se dar mal” pode aliviar nossas próprias inseguranças e fortalecer a crença de que o mundo é equilibrado — ainda que não seja.

Além disso, quando vemos alguém escorregar, especialmente em posição de poder, sucesso ou privilégio, temos a ilusão de que estamos, por um momento, “nivelando o jogo”.

Importante mencionar que falamos em abundância, pedimos prosperidade, desejamos ser vistos, celebrados, reconhecidos e, ao mesmo tempo, alimentamos uma cultura que exalta a ascensão — e pune com violência a queda

Especialistas apontam que talvez o antídoto para o nosso schadenfreude não seja fingir que ele não existe, e sim escolher o que faremos com ele. usar essa fagulha para olhar para si, observar os nossos julgamentos automáticos e humanizar o outro — inclusive esse outro quando erra.

Ainda é possível escolher outro olhar.

É essencial notar que seja na publicidade, no marketing ou em nossas timelines, preservar a empatia em uma sociedade que festeja (e monetiza sobre) o colapso alheio, virou resistência

De acordo com informações, a queda do outro não nos engrandece. só revela o quão frágeis e expostos todos nós estamos.

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