Saiba mais sobre: Após aporte de US$ 200 mi, Caramuru projeta receita de R$ 8 bi em 2025 e foca em biocombustíveis

Por César H. S. Rezende 6 de outubro de 2025 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Saiba mais sobre: Após aporte de US$ 200 mi, Caramuru projeta receita de R$ 8 bi em 2025 e foca em biocombustíveis

Uma análise detalhada mostra o impacto dessa história. Importante mencionar que “captamos esses recursos para financiar a próxima safra — especialmente a compra de soja — e para balancear o perfil da dívida entre curto e longo prazos. Importante mencionar que neste ano, a companhia deve encerrar com investimentos de r$ 300,3 milhões para avançar na modernização da infraestrutura logística...

De acordo com fontes, Depois de captar us$ 200 milhões (cerca de r$ 1,066 bilhão, na cotação atual) para reforçar o capital de giro da próxima safra, em rodada liderada pelo btg pactual (mesmo grupo controlador da exame), a caramuru alimentos — esmagadora de soja e produtora de biodiesel — vive um 2025 “muito positivo”, diz marcus thieme, ceo da companhia. a projeção é encerrar o ano com faturamento de r$ 8 bilhões, alta de 9,6% em relação a 2024. Continue lendo para saber mais.

Importante mencionar que “captamos esses recursos para financiar a próxima safra — especialmente a compra de soja — e para balancear o perfil da dívida entre curto e longo prazos. não faz sentido concentrar tudo no longo, pelo custo de juros, nem tudo no curto, pelo risco de liquidez; buscamos um meio-termo a operação veio em bom momento”, afirma

Importante mencionar que “captamos esses recursos para financiar a próxima safra — especialmente a compra de soja — e para balancear o perfil da dívida entre curto e longo prazos. - César H. S. Rezende

Segundo fontes, segundo o executivo, a captação antecipa a rolagem de parte da dívida (r$ 900 milhões) com vencimento em 2026. o montante foi captado no exterior em razão dos juros mais baixos do que no brasil — a selic, taxa básica de juros no país, está em 15% ao ano.

Além disso, o financiamento foi lastreado em um framework verde associado a biocombustíveis e agricultura familiar — um padrão formal de finanças sustentáveis que vincula o uso dos recursos a essas categorias, com critérios, monitoramento e prestação de contas sobre impactos ambientais e sociais. com a operação, a empresa afirma que mais de 65% de sua dívida passa a ser classificada como verde.

É essencial notar que fundada em 1964, em maringá (pr), por múcio de souza rezende, a caramuru atua nos segmentos animal, industrial e de produtos de consumo — como o óleo de cozinha sinhá — e tem foco no esmagamento de soja (capacidade superior a 2,1 milhões de toneladas por ano), com três plantas em goiás e uma em sorriso (mt). a operação de milho responde por menos de 10% do faturamento

Especialistas apontam que do processamento de soja resultam óleo e farelo, com ênfase em produtos de maior valor agregado, como o concentrado proteico de soja (spc, sigla em inglês para soy protein concentrate), com 62% de proteína, e o high pro (farelo de soja com no mínimo 48% de proteína). o spc abastece a produção de salmão e outros pescados na noruega há mais de uma década e, em 2025, passou a atender clientes no chile (salmão e truta), com prospecção de novos mercados na ásia.

“não temos terras nem plantamos. compramos soja e milho — sobretudo soja — de mais de 5,5 mil produtores no sul de goiás e no mato grosso. por isso, precisamos acessar constantemente os mercados: é uma atividade intensiva em capital, especialmente no início do ano, a partir de fevereiro, quando começamos a originar a soja para o esmagamento”, diz thieme.

Importante mencionar que neste ano, a companhia deve encerrar com investimentos de r$ 300,3 milhões para avançar na modernização da infraestrutura logística e diversificar os negócios. a caramuru destinou r$ 94,1 milhões a estruturas de armazenamento e escoamento junto ao porto de miritituba (pa) e iniciou a construção de um terminal logístico em itaituba (pa), em parceria com a 3tentos

Combustível do futuro

De acordo com informações, além do esmagamento de soja, a caramuru produz 550 milhões de litros de biodiesel por ano, o que a coloca como a quinta maior produtora de biocombustível no país. segundo o ceo, o aumento da mistura de biodiesel de 14% para 15% (b15) neste ano contribuiu para o bom desempenho da companhia. o biodiesel representa cerca de 40% da receita da empresa.

Neste ano, entrou em vigor a lei combustível do futuro, que eleva os percentuais de etanol na gasolina e de biodiesel no diesel. a nova legislação também traz incentivos ao diesel verde e ao combustível sustentável de aviação (saf, em inglês).

Vale destacar que no caso do biodiesel, a mistura atual de 15% começou a aumentar gradualmente a partir de 2025, com acréscimos de 1 ponto percentual ao ano, até atingir 20% em 2030. a expectativa do ceo é de que, em 2026, o percentual suba para 16% (b16)

De acordo com informações, “a mistura subiu e isso favorece a caramuru porque, no esmagamento da soja, cerca de 20% do volume processado resulta em óleo, que é majoritariamente refinado para produzir biodiesel: mais de 80% do óleo vai para esse fim, e uma parcela menor para óleo de consumo [marca sinhá]”, diz o ceo.

Para o executivo, a legislação é chave para o setor e, principalmente, para a caramuru, pois traz previsibilidade para o agro, sobretudo para empresas que podem investir em combustíveis mais limpos. além disso, o incentivo ao biocombustível reforça a visão esg do agro.

Vale destacar que “para produzir biodiesel no brasil é necessário fomentar a agricultura familiar. o impacto é direto sobre pequenos produtores, de quem precisamos originar soja para produzir o óleo e, depois, o biodiesel quanto mais biodiesel se produz no país, maior o efeito sobre a agricultura familiar”, afirma

Segundo fontes, em paralelo, a empresa estrutura o projeto de etanol de milho em novo ubiratã (mt), estimado em r$ 1,4 bilhão, pleiteando r$ 500 milhões no bndes/fundo clima e linhas complementares. a tese, diz o ceo, se apoia na alta disponibilidade e competitividade do milho na região e em usos crescentes do etanol.

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