Após visita a Bolsonaro, Rodrigo Valadares diz ter saído com “sentimento de esperança”

Por Heloísa Cipriano 24/09/2025 às 21:52 👁️ 0 visualizações 💬 0 comentários
Após visita a Bolsonaro, Rodrigo Valadares diz ter saído com “sentimento de esperança”

Após visita a Bolsonaro, Rodrigo Valadares diz ter saído com “sentimento de esperança”

O deputado federal Rodrigo Valadares (União Brasil/SE) visitou Jair Bolsonaro na tarde desta quarta-feira (24/9), após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Em vídeos gravados no Congresso Nacional e compartilhados pela assessoria do deputado ao portal LeoDias, ele relatou que o ex-presidente apresenta quadro de saúde frágil, com sequelas das múltiplas cirurgias a que foi submetido, mas que demonstrou otimismo durante a conversa.

Valadares

“O estado de saúde do presidente, infelizmente, não é bom. Durante a nossa conversa, eu estive lá por quase duas horas; o presidente soluçava muito, ainda há muita sequela, muita consequência das diversas cirurgias a que foi submetido. Eu senti dele, eu confesso, uma energia muito boa. Apesar dos graves problemas de saúde que ele enfrenta, dos constantes soluços e da possibilidade de ter que fazer uma nova cirurgia, eu senti do presidente esperança”, disse Valadares.

“O estado de saúde do presidente, infelizmente, não é bom. - Heloísa Cipriano

Durante a visita, a discussão sobre a anistia aos investigados pelos atos de 8 de janeiro também esteve presente. Valadares reiterou que, mesmo que o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade/SP), mantenha a linha da dosimetria, a oposição pretende usar instrumentos regimentais para tentar incluir emendas e destaques que ampliem o alcance da anistia.

Bolsonaro

“Infelizmente, o relator já disse que não vai fazer anistia, que vai fazer dosimetria. Independentemente do que venha no relatório do deputado Paulinho da Força, nós iremos apresentar os destaques e as emendas que regimentalmente nos cabem para que a gente garanta uma anistia justa para as pessoas do Rio de Janeiro e possamos, naturalmente, expandir para todas aquelas pessoas que foram perseguidas de alguma forma por esse regime, inclusive o presidente Bolsonaro. A expectativa é que a gente possa votar ainda na próxima quarta-feira”, explicou o deputado.

Segundo ele, Bolsonaro não manifestou posição explícita sobre uma “anistia ampla, geral e irrestrita”, mas acompanha de perto as movimentações no Congresso. “O presidente não falou nem A, nem B, nem C. A gente tratou de fatos. Quais são os fatos? O relator já disse que é contra a anistia, que é pró-dosimetria, e nós iremos usar nossa força para apresentar os destaques e aprovar a anistia”, afirmou Valadares.

Rodrigo

O parlamentar também comentou sobre as medidas impostas pelo STF ao ex-presidente, que cumpre prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Para Valadares, as cautelares perderam fundamento após a decisão da Procuradoria-Geral da República (PGR) de não denunciá-lo em inquérito relacionado às investigações.

“Já deveria estar livre para poder sair às ruas, sem tornozeleira, porque, se ele não foi denunciado, se não foram encontrados elementos para sua denúncia, as cautelares têm que ser extintas. Isso deveria ter sido feito de ofício. A cautelar é para resguardar a integridade da investigação, e a investigação concluiu que não havia motivo para ser denunciado”, afirmou, criticando o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

Valadares disse esperar que o STF revogue as medidas nos próximos dias. “A saúde do presidente tem que ser resguardada. Isso aí é um princípio dos direitos humanos, das garantias fundamentais da nossa Constituição. O presidente está sendo submetido à tortura”, declarou o deputado federal.

Nos últimos dias, Jair Bolsonaro deixou o hospital DF Star, em Brasília, após passar por procedimentos para remover lesões de pele que, segundo seus médicos, indicaram câncer de pele em estágio inicial. A ida ao hospital ocorreu depois de mal-estar com soluços intensos, vômitos e queda de pressão; boletins também mencionaram anemia por deficiência de ferro e pneumonia residual tratada. Ele segue em acompanhamento ambulatorial, com orientações de dieta e rotina mais leve. Paralelamente, o STF autorizou saídas e visitas sob custódia enquanto cumpre medidas cautelares.

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