José Loreto relembra fase difícil após Malhação, conta como virou o jogo com Avenida Brasil e reflete sobre os altos e baixos da carreira

Nem tudo são holofotes, tapetes vermelhos e contratos milionários. Quem vê José Loreto hoje, com um currículo sólido na Globo e papéis marcantes na TV, talvez nem imagine o caminho cheio de obstáculos que o ator percorreu para chegar até aqui. E foi justamente sobre isso que ele falou, sem filtros, no podcast Inteligência Ltda, comandado por Rogério Vilela.

A fama precoce

Loreto estreou na televisão em 2005 como o Marcão da Malhação, personagem que caiu nas graças do público e deu a ele um gostinho do sucesso logo cedo. Mas, assim como acontece com muitos artistas em início de carreira, a maré boa virou e, após o fim da temporada, vieram sete longos anos de incertezas, trabalhos escassos e nenhum contrato fixo com a TV Globo.

“Fiquei, depois dessa Malhação, sete anos sem contrato. Nesses sete anos, meu pai, ficou: ‘Volta para casa, volta para Economia, te falei’", contou. Mas Loreto resistiu, apostou na arte e mergulhou de cabeça: se formou em Cinema e em Teatro, montou um grupo teatral e passou a viver de pequenos cachês, muitos deles conseguidos jogando futebol com outros atores em cidades do interior, eventos que lhe garantiam o sustento do mês.

Foi só em 2012, ao dar vida ao carismático Darkson em Avenida Brasil, que a vida do ator mudou de vez. “Foi um outro turning point na minha vida”, disse ele. A partir daí, emendou um trabalho atrás do outro: Flor do Caribe, Boogie Oogie, Haja Coração, O Sétimo Guardião, Pantanal, Vai na Fé e, mais recentemente, No Rancho Fundo.

Mas engana-se quem pensa que, depois do sucesso, tudo se estabilizou. Loreto foi direto ao ponto: “Sempre quando entro em um trabalho, sei que minha carreira vai ser sempre uma montanha-russa. Isso pode causar muita frustração”.

O ator também revelou que, lá atrás, acreditou ter “chegado lá” cedo demais. “Em Malhação, achei que estava com a vida ganha e não estava”, confessou.

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